Vimaranense Rui Bragança “indignado” com critérios de seleção para Mundiais

Critérios de seleção para o Campeonato do Mundo de Taekwondo deixaram de fora o olímpico vimaranense Rui Bragança e também o bracarense Júlio Ferreira.

O presidente da Federação Portugal Taekwondo, Nuno Semedo, defendeu a “justiça” dos critérios de seleção para o Campeonato do Mundo, que deixaram de fora o olímpico vimaranense Rui Bragança e também o bracarense Júlio Ferreira.

O campeonato nacional vale 120 pontos e um regional 40, enquanto o feito de ser número um do ranking mundial vale somente 50: de igual modo, um open luso com mais de 100 participantes, em todos os escalões, equivale-se a provas pontuáveis para o ranking mundial, com outra exigência.

Na convocatória para o Mundial de Baku, Gonçalo Lopes é o eleito na categoria de -58 kg na qual compete Rui Bragança, enquanto Tiago Lopes superou o igualmente experiente Júlio Ferreira em -80 kg para a competição que vai decorrer entre 28 de maio e 06 de junho, em Baku.

O olímpico Rui Bragança, o melhor atleta da história do taekwondo português, manifestou-se “injustiçado” e “indignado” por falhar, pela primeira vez desde 2010, a seleção para o Mundial, “apesar de ser o melhor português da categoria”.

“É tristeza, sinto-me injustiçado. Indignado. Saber que cumpro todos os requisitos em termos de qualidade. O que está ao meu alcance cumpri com tudo o que é possível. Não estar lá mesmo sendo o melhor da minha categoria, é tristeza e indignação”, vincou o campeão nacional na classe de -58 kg.

Em declarações à Lusa, Rui Bragança, olímpico no Rio’2016 e em Tóquio’2020, critica o regulamento da nova federação, considerando-o “muito mais virado para as provas nacionais” e, assim, impeditivo de que os desportistas apostem nas “principais competições internacionais”.

Exemplificou com o facto do campeonato nacional valer 120 pontos e um regional 40, enquanto o feito de ser número um do ranking mundial vale somente 50: de igual modo, um open luso com mais de 100 participantes, em todos os escalões, equivale-se a provas pontuáveis para o ranking mundial, com outra exigência.

“Até se pode ter apenas dois atletas numa categoria e fazer um combate (em Open português) que vale o mesmo que uma medalha de ouro no Open de Paris com cinco ou seis combates contra atletas de grande nível. Ou se faz uma preparação para um campeonato do Mundo ou para campeonato nacional e opens pequenos e tudo o que isso implica”, ilustrou.

Rui Bragança, de 31 anos, recordou os “momentos difíceis” que o taekwondo português tem vivido, recuperando o estatuto de utilidade pública apenas no início de 2023 depois de anos sem o ter, entendendo que a nova federação “não tem noção do erro gigante que está a cometer”.

c/Lusa

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Carolina Damas
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