UNESCO vota em setembro alargamento de área classificada de Guimarães

O Comité do Património Mundial da UNESCO vai votar, em setembro o alargamento da área classificada de Guimarães, anunciou hoje a organização das Nações Unidas.
Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), revelou que o Comité do Património Mundial se vai reunir em Riade, na Arábia Saudita, entre 10 e 25 de setembro para analisar 53 candidaturas, algumas das quais não puderam ser votadas no ano passado.
A candidatura para ampliação da área classificada passou a integrar a lista indicativa em 2016 e a Câmara Municipal propôs “duplicar a área classificada, inscrevendo a Zona de Couros na lista indicativa para obter o estatuto de Património da Humanidade”, explicou em comunicado a autarquia vimaranense ainda no ano de 2015.
“No caso de a candidatura ser bem-sucedida, a área de proteção passará a ser cinco vezes superior à atual, criando-se uma zona tampão desde o topo da montanha da Penha, onde nasce a ribeira de Couros, à Veiga de Creixomil, foz de cursos de água”, sublinhe-se.
Recorde-se que o Centro Histórico de Guimarães está classificado como Património Mundial desde 2001.
A votação estará ainda a proposta de classificação dos jardins e do edifício da Gulbenkian
Entre o cojunto de propostas inclui-se ainda a proposta de classificação dos jardins e do edifício da Gulbenkian, um conjunto com “um caráter único de valor universal excecional, amplamente reconhecido e apoiado por intelectuais, especialistas e artistas de renome mundial”, como se pode ler na justificação do valor universal da candidatura.
“Desenhado entre 1959 e 1969 pelos arquitetos Alberto Pessoa (1919-1985), Pedro Cid (1925-1983) e Ruy Jervis d’Athouguia (1917-2006), com os arquitetos paisagistas António Vianna Barreto (1924-2013) e Gonçalo Ribeiro Telles (1922-2020), o edifício sede e parque contribuíram para a afirmação da modernidade no mundial, combinando vários aspetos de criatividade e inovação do génio humano”, pode ler-se no texto da lista indicativa, onde a candidatura foi incluída em 2016.
c/Lusa
