UEFA Euro 2020. Portugal selou a pior prestação de sempre

A seleção portuguesa de futebol deixou este domingo morrer o ‘sonho’ de revalidar o título europeu, ao cair nos ‘oitavos’ do UEFA Euro2020 perante a Bélgica, selando a pior participação de sempre, cinco anos de depois da melhor.
Após o triunfo em 2016, selado no prolongamento da final com a França pelo ‘herói’ Éder, Portugal ficou-se pelo primeiro jogo a eliminar, como em 1984, 1996 e 2008, mas na primeira ocasião nas ‘meias’ e nas duas seguintes nos ‘quartos’.
A formação das ‘quinas’ acaba, assim, pela primeira vez fora do ‘top 8’, à oitava participação, e com apenas uma vitória, sobre a Hungria, repetindo que havia feito na estreia, em 1984, então também apenas em quatro jogos, mas numa fase final só para oito.
Os comandados de Fernando Santos selaram igualmente um registo negativo no que respeita a golos sofridos, com sete, superando os seis dos Europeus de 2004 e 2008.
De positivo, apenas o facto de ter conseguido ultrapassar a fase de grupos, como nas sete participações anteriores, algo inédito entra as seleções com mais de duas presenças.
JOGO FRENTE À HUNGRIA
A formação das ‘quinas’ começou com um triunfo por 3-0 face à Hungria, mas num resultado claramente ‘enganador’, que ‘esconde’ as dificuldades sentidas por Portugal, empatado a zero a cinco minutos do final do encontro de Budapeste.
O conjunto de Fernando Santos só conseguiu desbloquear o marcador aos 85 minutos, com um tento feliz de Raphaël Guerreiro, após assistências do suplente Rafa, que entrou aos 71 e foi decisivo na única vitória lusa no Euro2020.
O jogador do Benfica ‘ofereceu’, depois, dois golos a Cristiano Ronaldo, ao sofrer um penálti que o ‘capitão’ transformou, aos 87 minutos, para, nos descontos, somar a segunda assistência no jogo, proporcionando o ‘bis’ ao jogador da Juventus.
Na estreia, Portugal entrou com Rui Patrício na baliza, uma defesa com Nélson Semedo, Pepe, Rúben Dias e Raphaël Guerreiro, dois médios defensivos (Danilo Pereira e William Carvalho) e Bruno Fernandes no apoio ao trio da frente, composto por Bernardo Silva, Diogo Jota e Cristiano Ronaldo.
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JOGO FRENTE À ALEMANHA
Depois das dificuldades face aos magiares, Portugal voltou a jogar ‘fora’, agora contra a Alemanha, e Fernando Santos, apesar de o ‘onze’ não ter convencido, não fez mexidas.
A ‘mannschaft’ entrou a ‘todo o gás’ e a formação das ‘quinas’ viveu uns primeiros 10 minutos muito complicados, mas, aos 15, conseguiu adiantar-se no marcador: Cristiano Ronaldo cortou atrás, ‘sprintou’ e encostou, após assistência de Diogo Jota, lançado por um grande passe de Bernardo Silva.
Com esse resultado, Portugal ficaria logo apurado — somaria seis pontos, contra zero dos alemães -, mas a reação dos anfitriões foi implacável, arrancando com autogolos de Rúben Dias, aos 35 minutos, e Raphaël Guerreiro, aos 39.
No início da segunda parte, o ‘onze’ de Joachim Löw continuou, claramente, a ‘mandar, e marcou mais dois tentos, ambos com participação de decisiva de Robin Gosens, que assistiu Kai Havertz, aos 51, e marcou, aos 60.
Temeu-se o pior, mas, para sorte de Portugal, Löw tirou Gosens e mandou a Alemanha desacelerar, permitindo que Portugal voltasse ao jogo e que até reduzisse, por Diogo Jota, aos 67 minutos. Renato Sanches ainda atirou ao ‘ferro’.
Fernando Santos considerou injusta a derrota frente à Bélgica, que deixou Portugal pelo caminho nos oitavos de final do UEFA Euro 2020, este domingo, em Sevilha, Espanha.
“Quem marca ganha”, disse o selecionador nacional, acrescentando que os jogadores “correram, lutaram e criaram situações”, mas “a bola não quis entrar”.
Na conferência de imprensa no final do jogo, Fernando Santos admitiu que a derrota foi uma “grande desilusão” para os jogadores, que acreditavam que conseguiam chegar à final da competição.
Mas, há coisas para ganhar no futuro, diz o selecionador, que acredita que a equipa das quinas tem que sair do Euro com a cabeça erguida.
c/Lusa e SIC
