Theatro Circo recebe duplo concerto de Ana Lua Caiano e Unsafe Space Garden
Prossegue, esta sexta-feira, a partir da 22h, o ciclo Máquina de Gelados. A sala principal do Theatro Circo recebe os concertos de Unsafe Space Garden e Ana Lua Caiano.
A cantautora chega ao espaço bracarense num período de ascensão, após o lançamento dos EP’s ‘Cheguei tarde a ontem’, em setembro, e ‘Se dançar é só depois’, em maio. Entrevistada pela RUM, adianta que o espetáculo será “um percurso pelos discos já lançados, com mais destaque para o último”.
Os temas que apresenta, carateriza, “pegam um bocadinho na herança da música tradicional portuguesa e trazem uma sonoridade mais eletrónica e experimental”. “Sempre ouvi e gostei muito de música tradicional e, mais tarde, comecei também a apaixonar-me por música eletrónica”, salienta, fazendo menção a influências como Björk e Portishead.
É a segunda vez de Ana Lua Caiano no Theatro Circo, agora com um concerto, depois de ter dado uma formação no início do ano. A artista fala num espaço “super bonito”, destacando a sua “beleza, grandiosidade e simbolismo”. “É um dos teatros mais bonitos que vi”, acrescenta.
A segunda parte da noite está ao cargo dos Unsafe Space Garden que vão apresentar o quarto disco, ‘Where’s the Ground?’. Lançado em maio de 2023, o mais recente trabalho da banda vimaranense reúne 11 temas.
À RUM, Alexandra Saldanha fala de um álbum sobre “compaixão e compreensão”. “É sobre a resistência em nos tornarmos adultos sérios e também sobre a vontade de criar um chão comum para toda a humanidade, um sítio onde toda a gente consegue estender o braço ao outro”, explica a artista, acrescentando que a intenção será “criar esse universo paralelo” na sala bracarense.
Além do novo disco, o reportório contará com temas de trabalhos anteriores. Em ‘Where’s the Ground?’, a banda vimaranense, que atua pela primeira vez no Theatro Circo, “reflete sobre a idade adulta e explora a inocência das crianças”. “É o ruído de um infantário, em que as crianças tomaram conta durante um dia inteiro, mas não destruíram absolutamente nada, só construíram coisas lindas”. É desta forma que Alexandra Saldanha descreve o disco.
Por Tiago Barquinha Gonçalves e Catarina Martins
