St. James Park e Claúdia Guerreiro protagonizam filme-concerto no Theatro Circo

St. James Park e Cláudia Guerreiro apresentam este sábado, às 21h30, o projeto Häxan no Theatro Circo. O duo construiu a banda sonora para o filme homónimo, lançado há quase um século pelo dinamarquês Benjamin Christensen e que aborda questões como a superstição e as doenças mentais.
A RUM esteve à conversa com os dois artistas. Para Cláudia Guerreiro é natural “olhar-se mais para a estética do filme”, referindo que isso “leva a uma composição musical mais negra”. No entanto, salienta que, à medida que a fita vai rodando, sobressai o conteúdo.
“Não consigo olhar para ele e vê-lo como um filme de terror. Aquilo, para mim, é mais uma explicação do histerismo, associado à bruxaria, que antes era considerada uma doença”, argumenta.
O filme mudo é dividido em sete partes, mas, para não ficar “demasiado extenso”, foram retiradas duas, ainda que “sem interferir na lógica” da obra. Já Tiago Sampaio, que se apresenta como St. James Park, alerta para a importância de não se perder de vista a imagem. “Temos sempre em consideração que existe a parte visual e, por isso, não podemos ser muito intrusivos na parte musical”.
O artista bracarense afirma ainda que foi “um desafio” trabalhar em duo, devido aos diferentes estilos musicais. No entanto, para Tiago Sampaio, a junção do rock e da eletrónica “funcionou bem” na construção deste projeto.
*Escrito por Ana Sofia Leite e Tiago Barquinha Gonçalves
