SMS acolhe última sessão de colóquios sobe vida e obra de Catarina de Lencastre

A Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, recebe este sábado, pelas 16h00, a última sessão de conferências que assinala o 2.º centenário da morte da poetisa vimaranense Catarina de Lencastre. Com o mote ‘Um salão para falar e um quarto para escrever’, o colóquio pretende distinguir a vida e a obra da escritora que viveu nos séculos XVIII e XIX e que tratou de temas considerados atuais.
O encontro deste mês conta com a participação dos investigadores Maria Luísa Malato, Mário Cláudio e Rosa Alice Branco para “falar sobre coisas insignificantes”. “No fundo, será debatido como é que essas coisas, ditas insignificantes, marcam a nossa forma de estar”, esclarece a investigadora Maria Luísa Malato, aos microfones da RUM.
A professora da Universidade do Porto recorda, ainda, que Catarina de Lencastre lamentou num dos seus poemas que a natureza a “tivesse feito mulher porque o que a poetisa queria era lutar ao lado dos homens”. Já numa outra obra, a autora fala sobre o envelhecimento, aos olhos da sociedade, não ser visto com naturalidade, desvalorizando o facto de “uma mulher velha possa ter vontade de amar”. “Tudo isto em poesias do século XVIII”, destaca.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf
