Secretário-geral da NATO diz que paz não pode ser “ditada pela Rússia”

Quanto ao recente destacamento de armas nucleares táticas russas na Bielorrússia, Stoltenberg considera que constituem um reforço da candidatura da Ucrânia de adesão à NATO, embora tenha excluído uma "via rápida", como se especulou no início da semana. 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, manifestou-se hoje contra a abertura, neste momento, de negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, uma vez que não pode ser uma paz “ditada pela Rússia”. “Todos queremos que esta guerra termine, mas para que a paz seja duradoura, tem de ser justa”, afirmou Stoltenberg, numa entrevista publicada hoje pelo jornal alemão Welt am Sonntag.

O responsável acrescentou que “a paz não pode significar o congelamento do conflito e a aceitação de um acordo ditado pela Rússia, considerando que “só a Ucrânia pode definir os termos que são aceitáveis”. Nesse sentido, sublinhou que os sucessos militares ucranianos reforçam a posição negocial de Kiev. “Quanto mais território a Ucrânia conseguir libertar, melhores cartas terá à mesa das negociações para alcançar uma paz justa e duradoura”, precisou.


Quanto ao recente destacamento de armas nucleares táticas russas na Bielorrússia, Stoltenberg considera que constituem um reforço da candidatura da Ucrânia de adesão à NATO, embora tenha excluído uma “via rápida”, como se especulou no início da semana. “O futuro da Ucrânia está na NATO, mas a prioridade agora é a Ucrânia reafirmar-se como um Estado soberano e independente. Caso contrário, não há opção para discutir a adesão”, disse, considerando que é necessário “garantir que, quando a guerra terminar, existe um acordo credível para a segurança da Ucrânia para que a Rússia não se possa rearmar e atacar novamente”.


O secretário-geral da NATO defendeu que “o ciclo de agressão russa tem de ser quebrado”.

Stoltenberg afirmou ainda que a cimeira da NATO em Vilnius, em julho, vai aprovar um novo pacote de assistência que prevê a aproximação da Ucrânia às normas da NATO no futuro e, em particular, a intensificação das relações políticas. “Isto irá aproximar a Ucrânia da NATO”, sustentou.



LUSA

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