Ricardo Rio diz que metrobus “não é um capricho” e que críticas contradizem “consenso alargadísimo”

O Braga Metro Bus “não é um capricho do presidente da Câmara” e que é resultado de “muito estudo técnico”. A afirmação é de Ricardo Rio, autarca bracarense sobre o anúncio do candidato da coligação PS/PAN, António Braga, da interposição de uma providência cautelar para travar a obra da primeira linha de BRT (metrobus) na cidade.

Esta sexta-feira, foi assinado o contrato de conceção/construção com as construtoras vencedoras do concurso, no Hospital de Braga. Ricardo Rio sublinha que este “não é um projeto que se esteja a decidir à boca das urnas”, ressaltando que o troço assinado esta tarde começou a ser concursado “há cinco meses” e que “ninguém levantou nenhuma objeção”. “Não parece sério”, dispara.

Não compreendo que apenas na espuma de uma campanha eleitoral, para tentar capitalizar o descontentamento, se possa agora contradizer tudo aquilo que se andou a dizer até hoje

Para o autarca há um “mero exercício de réplica” em torno do assunto. Ao lembrar que o projeto até suscitou “um consenso nem sempre fácil e muito pouco comum entre uma câmara liderada pelo PSD e um governo liderado pelo Partido Socialista, para garantir o financiamento”. Para Ricardo Rio, causa “surpresa” que os candidatos a Braga tenham “achado piada aquilo que está a passar no Porto, e então acham que em Braga também se tem de estar contra o metrobus”. Apesar disso, diz não acreditar que uma providência cautelar “baseada em argumentos políticos” possa ser aceite pela justiça.

De saída do executivo, após 12 anos de liderança da Câmara de Braga sublinha que este é apenas a primeira de quatro linhas que devem ser desenvolvidas na cidade. Acrescenta que “como foi público da intervenção do ministro (das Infraestruturas e da Habitação Miguel Pinto Luz), quando da celebração do contrato da IP (Infraestruturas de Portugal) por causa do Nó de Infias”, este um projeto prioritário do governo.

A linha vermelha “passa por alguns dos principais pontos da cidade e integrando 12 estações”


Já a vereadora da mobilidade da Câmara Municipal, Olga Pereira, considera a assinatura deste contrato de conceção/construção é “um passo histórico para a cidade. O traçado desta linha ligará a Estação de Caminhos de Ferro, “passando por uma zona bastante movimentada da cidade, pela Universidade do Minho e termina no hospital”, ao longo de 12 estações.

A obra com investimento global ascende a 75,5 milhões de euros e é totalmente financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), segundo a autarquia. O consórcio vencedor é constituído pela M. Couto Alves (MCA), Painhas e Tecnifeira. O BRT vai circular em 82% de via dedicada, nos restantes, garante a autarca, vai ter “sempre prioridade semafórica” frente aos automóveis.

A autarca aponta que apesar dos constrangimentos e “desafios” que a obra deve causar no dia a dia dos bracarenses, garante que será pro um bom motivo. “É evidente que vai haver um período de alguma dificuldade, que tentaremos minimizar, mas não há como dizer que não haverá constrangimento em vias bastante centrais da nossa cidade”, alerta.

Já o Presidente do Conselho de administração da ULS Braga, Américo Afonso, considera que a paragem no Hospital vai proporcionar uma forma de aceder ao local “muito melhor do que a que existe atualmente”. “No fundo, o próprio edifício vai se adaptar a criar uma alternativa relativamente àquilo que eram as entradas habituais”, remata.

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