Quase 90% dos estudantes de Coimbra quer mais investimento no ensino superior 

Quase 90% dos estudantes da Universidade de Coimbra considera que é necessário um maior investimento no ensino superior.

A conclusão parte de um estudo promovido pela Associação Académica de Coimbra (AAC), que apresentou várias recomendações ao governo.

O inquérito, feito entre 30 de janeiro e 10 de fevereiro, contou com 1.561 respostas e concluiu que 88,7% dos estudantes acredita que é preciso um maior investimento financeiro e político no ensino superior. 

Os dados, divulgados hoje pela direção-geral da AAC, numa conferência de imprensa, revelam também que quase

50% dos inquiridos afirmou que a propina aplicada não corresponde à qualidade oferecida pelo ensino superior e um terço não acha que o ensino superior português seja mais acessível em relação a outros estados europeus.


Além do inquérito, a AAC realizou também o estudo comparativo sobre o ensino superior em cada estado-membro da União Europeia, concluindo que a propina em Portugal é o dobro da média europeia, tem o segundo valor mais alto para as propinas internacionais, é um dos países com mais baixos apoios governamentais aos estudantes e com um investimento do PIB (produto interno bruno) neste setor abaixo da média.

O presidente da AAC, Carlos Magalhães, realçou a má posição de Portugal face à média europeia, sublinhando a importância de serem implementadas medidas a “curto e longo prazo” para haver um “ensino justo, gratuito e acessível a qualquer estudante”.

No documento divulgado, a AAC propôs um aumento urgente do financiamento público, um modelo de redução gradual das propinas até à gratuitidade e revisão da lei de bases da ação social no ensino superior.

Aos jornalistas, Carlos Magalhães reiterou a necessidade de se avançar com um programa para uma redução gradual da propina até o ensino superior ser gratuito, considerando que, dessa forma, seria possível o sistema de financiamento ajustar-se.

Para o presidente da AAC, há dados “gritantes”, como o custo da habitação, considerando difícil captar estudantes para o ensino superior português, quando as condições asseguradas são más, além daquilo que os espera no mercado de trabalho: “salários mínimos e médios abaixo da União Europeia”.

Segundo Carlos Magalhães, os custos associados à frequência no ensino superior “são quase insustentáveis”.

De acordo com a AAC, o documento hoje apresentado e recomendações associadas serão apresentados a diferentes entidades políticas e institucionais, nomeadamente partidos e Governo.

c/Lusa

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