Presidente da República admite eleições antecipadas para maio

O Presidente da República diz que vai agir o mais rápido possível caso a moção de confiança apresentada pelo Governo ao parlamento seja rejeitada.
Pouco depois de o Parlamento ter rejeitado a moção de censura do PCP e de o Governo anunciar uma moção de confiança, Marcelo Rebelo de Sousa apontou para o cenário de eleições antecipadas entre 11 e 18 de maio.
Em declarações aos jornalistas em Viseu, o chefe de Estado prometeu agir “o mais rápido possível”.
“Se for rejeitada a moção de confiança, imediatamente convocarei os partidos, se possível para o dia seguinte, e o Conselho de Estado para dois dias depois”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, assegurando depois “um calendário de intervenção o mais rápido possível”.
Sem nunca se referir diretamente à dissolução do parlamento e consequente convocação de eleições legislativas antecipadas, o chefe de Estado prometeu agir com rapidez e disse que, caso o governo perca a confiança do parlamento, irá ser célere no enfrentar da situação.
Apesar da crise internacional que o mundo está a enfrentar, sobretudo após a posse da nova administração dos Estados Unidos, o chefe de Estado lembrou que o Orçamento do Estado está aprovado e que o calendário não colide com o calendário da elaboração das contas para 2026.
Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que quer ouvir os dois partidos que sustentam o Governo – PSD e CDS/PP – , se “querem manter a mesma liderança e apresentar a mesma liderança a uma eventual eleição” que se venha a realizar.
Sobre os esclarecimentos do primeiro-ministro, sobre a empresa da família, o Presidente da República recusou-se a comentar se Luís Montenegro esclareceu ou não todas as dúvidas sobre o processo, afirmando que isso seria “tomar uma posição relativamente a uma matéria que está em apreciação parlamentar e em que há posições completamente opostas”.
c/Lusa
