Prémio Leya atribuído ao romance ‘Pés de Barro’ de Nuno Miguel Silva Duarte

‘Pés de Barro’ de Nuno Miguel Silva Duarte é o livro vencedor do Prémio Leya 2024. De acordo com o júri presidido pelo poeta Manuel Alegre, este é um livro que tem “como pano de fundo a construção da primeira ponte sobre o Rio Tejo”. O autor, publicitário de profissão, sucede assim ao brasileiro Victor Vidal, vencedor no ano passado com o romance ‘Não há Pássaros Aqui’.
O livro foi escolhido entre oito finalistas e nas palavras de Alegre, na cerimónia na sede da Leya, em Alfragide, explicou que é um livro que dá “um retrato do Portugal dos anos sessenta”. Pedro Sobral, da Leya, explicou que já contataram o galardoado que se mostrou “em choque” com a notícia e que pediu “alguns minutos para se recompor”.
A edição deste ano foi a mais concorrida desde que foi instituído o Prémio Leya. De acordo com o grupo editorial, foram recebidos 1123 originais, provenientes de 15 países. O Brasil é o país com mais concorrentes, com 708 candidaturas, seguido de Portugal, com 350.
No segundo ano em que a submissão ao prémio foi feita exclusivamente de forma digital surgiram também candidatos de países como Alemanha, Angola, Austrália, Bélgica, Cabo Verde, Espanha, Estados Unidos da América, França, Guiné-Bissau, Itália, Moçambique, Reino Unido e Suíça.
O júri da edição deste ano foi constituído por Manuel Alegre (Presidente), José Carlos Seabra Pereira, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal), Isabel Lucas, jornalista e crítica literária (Portugal) Lourenço do Rosário, antigo Reitor da Universidade Politécnica de Maputo (Moçambique), Ana Paula Tavares, poeta e historiadora (Angola) e Josélia Aguiar, jornalista e historiadora (Brasil).
O júri avalia os originais que são enviados sobre anonimato. O nome do autor do romance vencedor é apenas conhecido depois de tomada a decisão do júri.
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