Portugal prepara-se para receber voos humanitários da Polónia e da Roménia 

O secretário de Estado da Internacionalização reconhece, em declarações da TSF, que este não é um momento para otimistas. Miguel Pinto Luz, vice-presidente da câmara de Cascais, revela que há recém-nascidos e idosos prontos a viajar para Portugal num avião fretado.  

Nos últimos dois dias, pelo menos mil pessoas viajaram para Portugal desde a cidade de Varsóvia, na Polónia, para escapar ao conflito e há pelo menos mais um avião de partida para território português já na noite desta quinta-feira que deve transportar “algumas dezenas” de refugiados.

Os dados são avançados à TSF pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que tem estado na Polónia a gerir o processo de saída. O fluxo “ultrapassa claramente as mil pessoas” nesta altura, entre os que já chegaram e os que já partiram.

Neste momento está a ser gerida “uma estrutura de alojamento que é de coordenação pública, mas que é essencialmente uma estrutura de resposta portuguesa em que a sociedade civil se empenhou fortemente”, explica. E com o ritmo de fuga “em crescendo”, Brilhante Dias diz não saber se este é um momento para se ser otimista.

“Aquilo que sabemos é das organizações internacionais. Hoje a UNICEF anunciou uma estimativa de oito milhões de refugiados”, lamenta o governante português, num momento em que ainda só terão conseguido passagem “provavelmente dois milhões de refugiados”. Em conversa com o homólogo polaco, conta Brilhante Dias, soube que “ontem (quarta-feira) foi o dia com maior fluxo de passagem da Ucrânia para a Polónia e que este tem vindo a aumentar” de uma forma particular.

“Acima de tudo, tem vindo a aumentar cada vez mais com cidadãos ucranianos que têm mais necessidades de apoio. A leitura feita é a de que primeiro saíram as pessoas com mais condições financeiras e tinham mobilidade, carros, caravanas e tiveram forma de sair. Progressivamente, estão a chegar as pessoas com mais dificuldades financeiras e com mais necessidade de apoios”, sublinha.

Num momento em que Portugal não impõe nenhum limite ao número de refugiados que pode acolher e com algumas organizações a admitir já um número total de refugiados que pode atingir perto de 20% da população ucraniana – cerca 44 milhões de pessoas -, algumas autarquias e entidades privadas estão a ir à Polónia recolher pessoas, transportando-as depois para Portugal.

c/TSF

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Carolina Damas
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