PGR nunca ponderou demitir-se e aponta “campanha orquestrada” contra MP 

A procuradora-geral da República afirmou hoje que nunca ponderou demitir-se, defendeu que há “uma campanha orquestrada” contra o Ministério Público (MP) e considerou “indecifráveis e graves” as declarações da ministra da Justiça sobre pôr “ordem na casa” no MP.

Em entrevista à RTP, a primeira desde que assumiu a liderança do MP, Lucília Gago afirmou nunca ter colocado a hipótese de se demitir após as críticas de que a própria e o MP de forma geral têm sido alvo, na sequência de processos mediáticos como a Operação Influencer, que levou à queda do Governo de António Costa, investigado, mas não constituído arguido no caso.

“Não, nunca. Não coloquei nunca essa questão, porque encaro o meu mandato como sendo um mandato que leva um cunho de rigor, de objetividade, de isenção”, disse a procuradora-geral da República (PGR).

Lucília Gago afirmou ainda que há uma “campanha orquestrada” contra o MP, questionando a legitimidade de algumas das pessoas que o criticam.

“Estou perfeitamente consciente que há de facto uma campanha orquestrada por parte de pessoas que não deviam, uma campanha orquestrada na qual também se inscrevem um conjunto alargado pessoas que têm atualmente, ou tiveram no passado, responsabilidades de relevo na vida da nação. Melhor fora que não fizessem os ataques que têm sido desferidos”, criticou a PGR.

Inquérito a António Costa ainda decorre e se não foi arquivado é porque algo o impede


O inquérito no âmbito da ‘Operação Influencer’ que visa o ex-primeiro-ministro António Costa “ainda decorre”, afirmou hoje a procuradora-geral da República, defendendo que, se a investigação ainda não foi arquivada “é porque algo obstará”.

Em entrevista à RTP, a primeira em quase seis anos de mandato, a procuradora-geral da República (PGR) sublinhou por várias vezes que a investigação no âmbito da ‘Operação Influencer’ ainda decorre e que António Costa não foi constituído arguido “até ao momento”.

“O ex-primeiro-ministro não foi constituído arguido naquele momento. Decorreram semanas. Se inquérito não foi agora encerrado é porque algo obstará”, disse Lucília Gago, sublinhando sempre que a investigação ainda decorre e que se não houve arquivamento é porque existe algo a impedir um despacho final.

Questionada sobre se se pode comprometer com um arquivamento em breve do inquérito que visa António Costa, Lucília Gago rejeitou.

c/Lusa

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