Passageiros nos aeroportos aumentam em 2022 mas ainda não superam valores pré pandemia
No último ano, registou-se a movimentação de 56,8 milhões de passageiros em aeroportos. O Reino Unido é o país que mais pessoas traz a Portugal.
O número de passageiros nos aeroportos nacionais duplicou face a 2022. Ainda assim, o aumento não supera 2019, antes da pandemia de covid-19. Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam um aumento de 121,7% face a 2021, mas 5,6% abaixo dos níveis de 2019.
“No conjunto do ano 2022 (dados preliminares), aterraram nos aeroportos nacionais 217.600 aeronaves em voos comerciais (+61,7% face a 2021) e foram movimentados 56,8 milhões de passageiros (+121,7%). O movimento de carga e correio aumentou 16,9%, atingindo 222.900 toneladas”, divulgou o INE.
No entanto, a matemática deste cenário ainda não se ajusta a valores pré pandemia. Comparativamente a 2019, o número de aeronaves que aterraram em solo português diminuiu 4,5%, e o número de passageiros movimentados teve um decréscimo de 5,6%. Contudo, o movimento de carga e correio aumentou 5,8%.
O Reino Unido lidera a lista de principais países de origem e de destino dos voos. Depois de ter ficado na segunda posição em 2021 e 2020, o país registou crescimentos na ordem dos 213,5% face ao número de passageiros desembarcados e 218,7% em relação ao número de passageiros embarcados.
O ranking é seguido pela França, a Espanha, a Alemanha e a Itália, respetivamente. A Suíça deixa o top5, depois de em 2021 e 2020 ter ficado na quinta posição.
Já em dezembro, foi registado o desembarque médio diário de 69.400 passageiros, superando em 4,9% o valor observado no último mês do ano de 2019. No total, contabilizou-se a movimentação de 4,1 milhões de pessoas e 18.300 toneladas de carga e correio, nos aeroportos nacionais.
Os valores dos últimos 31 dias de 2022 indicam um aumento do número de passageiros face a 2019, tendo crescido 4%, depois de crescimentos de 3% em novembro e de 4% em outubro. Em contrapartida, o movimento de carga e correio diminuiu 6,4%, no seguimento das descidas de 1,5% em novembro e de 3,4% em outubro.
*Escrito por Tiago Picas
