Oito cidadãos sinalizados pelas autoridades portuguesas já saíram de Gaza

Já estão fora de Gaza oito cidadãos sinalizados pelas autoridades portuguesas para a retirada do território – dois nacionais e seis familiares – os quais estão, neste momento, a caminho do Cairo.
Uma cidadã palestiniana, com residência em Portugal, optou por permanecer no território.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, “prosseguem ainda as diligências para a retirada da menor que estava autorizada a sair, e cujos familiares tragicamente faleceram no bombardeamento da passada quarta-feira, o que não foi possível até ao momento devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares”.
A saída decorreu através da passagem de Rafah, aberta para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito.
O comunicado acrescenta que de “tratou de uma operação complexa levada a cabo pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas, coadjuvadas por uma equipa portuguesa que se deslocou esta manhã à fronteira para auxiliar na retirada”.
As Embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, estiveram em contacto permanente com estes cidadãos, bem como com as respetivas autoridades locais para concretizar a saída em segurança.
O repatriamento destes oito cidadãos, a partir do Egito, ficará a cargo do Estado Português, que assegura alojamento e transporte para território nacional.
OMS apela à retirada diária de doentes para o Egito
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou na sexta-feira a um fluxo regular e diário de doentes autorizados a deixar a Faixa de Gaza para serem tratados no Egito, a fim de aliviar os hospitais sobrecarregados.
A OMS espera poder enviar uma equipa para Gaza o mais rapidamente possível para avaliar a situação e pede que “seja criado um mecanismo para facilitar a evacuação dos doentes mais críticos”, disse Richard Peeperkorn, chefe do gabinete da OMS nos territórios palestinianos ocupados, aos jornalistas em Genebra, por videoconferência a partir de Jerusalém.
O responsável explicou que 50 a 60 pacientes por dia terão de ser evacuados para o Egito.
Segundo a OMS, 47 dos 72 centros de cuidados primários em Gaza estão fora de serviço e 25 dos 36 hospitais não estão operacionais, com os outros a terem dificuldades em funcionar.
Israel aprova a entrada diária de dois camiões de combustível em Gaza
Uma fonte política disse ao jornal Haaretz que o gabinete de guerra de Israel aprovou por unanimidade uma recomendação conjunta das IDF e do serviço de segurança Shin Bet no sentido de dar cumprimento ao pedido dos EUA de permitir a entrada diária de dois camiões a gasóleo na Faixa de Gaza.
O combustível é necessário para os esforços da ONU para manter as infraestruturas de água e esgotos na Faixa.
A decisão do gabinete concede a Israel o espaço de manobra diplomático necessário para o seu objetivo de eliminar o Hamas, acrescentou a fonte.
Um terço da população de Gaza foi deslocada pela guerra
O Gabinete Central de Estatística palestiniano calculou em 807 mil a população da cidade de Gaza e da província de Gaza Norte.
Antes da guerra, a população destas duas áreas era de 1,2 milhões de pessoas, o que significa que cerca de um terço das pessoas que aí viviam foram deslocadas pela guerra.
Ex-presidente do parlamento do Hamas morto pelas forças israelitas
Segundo o jornal israelita Haaretz, que cita informações divulgadas na Cisjordânia, Ahmed Bahar, membro sénior da ala política do Hamas, foi morto pelas FDI durante os combates na Faixa de Gaza.
Bahar era o presidente do parlamento do Hamas em 2006, quando a organização assumiu o controlo da Faixa de Gaza.
Ataque israelita atinge escola que abrigava milhares de pessoas
Várias pessoas morreram ou ficaram feridas depois de um ataque israelita ter atingido a escola de al-Falah, que alberga milhares de pessoas deslocadas, no bairro de al-Zaytoun, a sul da cidade de Gaza, avança a Al Jazeera.
OMS muito preocupada com propagação de doenças em Gaza
A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que está muito preocupada com a propagação de doenças em Gaza, depois dos bombardeamentos israelitas terem levado a população a aglomerar-se em abrigos. Faltam alimentos e água potável.
“Estamos extremamente preocupados com a propagação da doença quando chegar o inverno”, afirmou Richard Peeperkorn, representante da OMS no Território Palestiniano Ocupado.
“Mais de 70 mil casos de infeções respiratórias agudas e mais de 44 mil casos de diarreia foram registados no enclave densamente povoado, números significativamente mais elevados do que o esperado”, enumerou.
RTP
