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Fotografia: Marcelo Hermsdorf / RUM
Marcelo Hermsdorf

Cultura 11.06.2025 20H19

Vaudeville Rendez-Vous está de volta com 11 espetáculos a 'mirar' um novo ciclo

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Festival de circo contemporâneo decorre entre 16 e 19 de julho nas cidades de Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão.
Palavras de Bruno Martins, Cláudia Berkeley, Ricardo Rio, Pedro Oliveira, Miguel Oliveira e Elisa Braga

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Em 2025, o Festival Vaudeville Rendez-vous assenta na ideia de ciclo. A iniciativa que, entre 16 e 19 de julho, leva o circo contemporâneo a Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão foi apresentada esta quarta-feira, na Casa da Azenha, em Barcelos.


Na 11ª edição apresenta 11 espetáculo, entre os quais seis estreias nacionais. Para o diretor do Teatro Didascália, Bruno Martins, que organiza o festival, o público pode esperar propostas "surpreendentes", com uma programação “concebida nesta lógica de pensar uma nova década de festival”.


A abertura do festival será em Guimarães, no recinto da feira semanal no dia 16, com ’La Bande à Tyrex’, “um bailado de bicicletas”, em que os intérpretes alternam entre acrobacias e música ao vivo — trombone, baixo e voz. A estreia nacional do espetáculo ‘Ripple’, no dia seguinte, no ringue de futebol do Parque da Juventude de Vila Nova de Famalicão, que parte de uma espiral e que “trabalha sobre a ideia de um movimento perpétuo e depois também alargar esta ideia de ciclo”, são dois exemplos do mote desta edição.


Cabe ao espetáculo ‘El Dorado’, da companhia francesa NDE Nicanor de Élia, abrir a programação em Braga, e ‘Nkama’, na Praça de Pedra do Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães.


O festival, sublinha Bruno Martins, leva para espaços "inusitados" do quadrilátero urbano uma linguagem que o território já reconhece. “O próprio território já potencia no surgimento quer de escolas ligadas à formação dentro destas áreas, no sentido em que também estamos a criar um território criativo dentro destas áreas”, refere.


Após dez edições, Bruno Martins, vinca que o Vaudeville Rendez-vous pretende apresentar uma programação que possa “afinar o olhar crítico do público sobre o próprio circo” até porque o público se adaptou ao festival e procura “ser surpreendido”.


Para além dos espetáculos, o festival traz atividades de mediação, com um novo olhar. De acordo com Cláudia Berkeley, também do Teatro Didascália, alguns dos artistas que se apresentam no festival comandam masterclasses ou oficinas, nas quatro cidades. “Quem participa tem o contacto com aquela metodologia específica de trabalho”, sublinha.



O Vaudeville Rendez-Vous “é uma afirmação da identidade cultural de todo o nosso território”


O presidente da Câmara de Braga e do quadrilátero Cultural, Ricardo Rio, destaca que hoje não há “um estranhamento” quando se fala no festival e afirma que este é “um projeto de colaboração entre os quatro municípios do quadrilátero e, só por si, é um elemento de fortalecimento dos laços”.


Já a vereadora da Cultura de Barcelos, Elisa Braga, considera o festival “uma identidade cultural de todo o território” antecipando espetáculos que “vão maravilhar todas as pessoas”. No mesmo sentido, Pedro Oliveira, autarca de Famalicão, recorda que o festival surgiu no concelho e “foi capaz de crescer e de chegar progressivamente” às outras cidades. Ressalta ainda a componente de ocupação do centro urbano. Algo que o vereador com o pelouro da cultura de Guimarães, Miguel Oliveira, sublinha como uma “mais-valia para o quadrilátero”.


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