ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

FOTO: INVESTBRAGA
Elsa Moura

Academia 25.05.2023 13H52

"Universidades devem repensar [rapidamente] o ensino e a avaliação"

Escrito por Elsa Moura
A mensagem é deixada pelo secretário de estado do ensino superior, Pedro Teixeira, na Semana da Economia de Braga, hoje dedicada ao impacto da inteligência artificial no conhecimento.
Secretário de estado do ensino superior, Pedro Teixeira, na sessão desta quinta-feira no Altice FORUM Braga

false / 0:00

O secretário de estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, reconhece que a inteligência artificial traz novos desafios para as universidades e politécnicos, exigindo-se uma adaptação rápida e constante aos novos tempos.

O governante falava na Semana da Economia de Braga, esta quinta-feira, onde aproveitou para referir que é preciso “repensar aquilo que ensinamos, a forma como ensinamos, o que avaliamos e como avaliamos”. Lembra que “não adianta mudar os conteúdos e métodos de ensino” se a avaliação continuar a ser “rotineira e com treino de memorização”. 

“Não adianta aulas são muito participativas e com muita discussão, quando depois só se pergunta [na avaliação] o que está na página 35 do livro”, exemplifica. Também por isso, acrescenta que as mudanças referidas atrás vão permitir “treinar o equilíbrio entre conhecimentos e competências”.


Para o secretário de estado, académico na área da economia, é necessária “capacidade intelectual para organizar informação” à velocidade da evolução tecnológica e vivemos atualmente uma fase em que o ensino superior está mais aberto à mudança, também por força da pandemia. “A realidade e o ambiente e predisposição do ensino superior é muito diferente do que era há dez anos. Há hoje uma capacidade e adaptabilidade muito maior e temos de criar estímulos, prémios, incentivos e temos de colocar mais recursos, porque isso não vai acontecer sem mais recursos”, sustenta.


Apesar de sublinhar a necessidade de mudança, Pedro Teixeira deixa um aviso: “Não queremos imitar as máquinas e não podemos entrar numa lógica rotineira de recorrer à inteligência artificial para tudo”.


Ainda sobre o processo de qualificação de pessoas, repete a missiva de que as organizações precisam de estar abertas à formação. As empresas precisam de dar melhores condições para quem se adapta e quem está aberto à formação constante. “O ensino superior deve ser capaz de ajudar as múltiplas organizações a mudar formas de trabalho para que continuem a ser relevantes”, continua.


O secretário de estado do ensino superior lembra que as universidades foram das poucas instituições que “sobreviveram ao tempo”, mas “porque foram capazes de se ir adaptando”, uma regra que é preciso manter, até porque num país em que mais de metade dos jovens vão para o ensino superior, “a responsabilidade é muito maior”.


O debate “O impacto da inteligência artificial no conhecimento” contou com vários oradores de renome: Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, o diretor da COTEC, Jorge Portugal, o General Manager Altice Labs, Alcino Lavrador e Marco António Silva, da Microsoft.

Deixa-nos uma mensagem