O presidente da Universidade Internacional do Espaço (ISU) admite a possibilidade de criar um polo em Portugal, nomeadamente em parceria com a Universidade do Minho.

A informação foi avançada por John Wensveen ao Público e confirmada à RUM pelo presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), Pedro Arezes, que aponta também o CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento como possível parceiro.

Ainda assim, a parceria deve começar, numa primeira fase, em programas de formação e educação.

“A instalação de um pólo remete-nos rapidamente para uma instalação física de uma universidade e pode não ser assim. Pode ser usar instalações, equipamentos e programas que já existem, mas fazê-lo em parceria”, apontou Pedro Arezes, dando nota que, apesar de contar com uma estrutura física em Estrasburgo, a ISU centra a sua atividade “em cursos de formação com parceiros, com universidades e instituições um pouco por todo o mundo”.

O presidente da Escola de Engenharia considera assim que, pelo menos para já, a parceria entre as duas instituições estará mais relacionada com esta oferta formativa e, só depois, poderá “evoluir para um polo”. Ainda assim, reconhece Pedro Arezes, “esta ligação à Universidade Internacional do Espaço é absolutamente essencial para dar visibilidade àquilo que é a atividade internacional da UMinho”. “Não tenho dúvidas que seria um grande passo, certamente muito relevante e diferenciador para a oferta nesta área”, frisou.

A concretizar-se um novo polo, o presidente da EEUM não estranha que Guimarães seja a localização escolhida. “Esta semana, a Universidade do Minho assinou, o CEiiA e o município de Guimarães formalizaram o Guimarães Space Hub e, portanto, é um esforço que, entre estas três entidades, é feito para criar um ecossistema ligado a este domínio, sendo natural que também esta possibilidade de parceria com a Universidade do Espaço se encaminhe muito mais para, a haver localização física, que seja na cidade de Guimarães”, denotou.

Pedro Arezes salientou ainda que, na reunião com o presidente da ISU, foi evidente “o reconhecimento que Portugal tem sido um palco importante, quer a nível europeu, quer mundial, neste domínio do espaço”. Além disso, “os sinais de que algumas startups começam a aparecer nesta área” são outro aspeto que tem chamado a atenção desta entidade internacional.

O presidente da EEUM admite que serão agendadas novas conversas com os responsáveis da ISU, que vão visitar outras localizações a nível mundial, e espera, “no próximo ano, ter mais novidades” sobre o tema.

Além de Portugal, a Universidade do Espaço está à procura de parcerias noutros pontos do globo, incluindo Ásia, África e outros países europeus.