A Universidade do Minho prepara-se para lançar dois projetos que pretendem melhorar o sucesso no ensino superior. No âmbito de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na ordem dos 900 mil euros, está prestes a chegar o ´SouUMinho 5.0`.

A ideia, de acordo com o pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, Manuel João Costa, passa por auxiliar os novos alunos quer no pré-chegada quer nos chamados cadeirões dos cursos.

"O projeto corresponde a uma candidatura recentemente aprovada com o intuito de combater o insucesso e abandono no ensino superior. O ´SouUMinho` terminava no momento do acolhimento, o que nós queremos fazer é esticar o programa mais semanas e também para o online, de modo a melhorar o acompanhamento", explica.

A ideia é ter também uma presença mais forte nas redes sociais com a partilha de experiências. De acordo com o responsável será disponibilizado um "fundo para pequenas iniciativas de integração", além de um centro de apoio e desenvolvimento para os alunos.

Outro dos projetos prestes a chegar aos campi de Azurém e Gualtar, é o UMinho Hub. Trata-se de um serviço transversal disponível presencialmente e no digital, capaz de responder a 80% das perguntas dos alunos relacionadas não só com os cursos como ação social, inscrições, alojamento, vistos, transportes, entre outros.

"Vai conseguir dar resposta a 80% das perguntas dos alunos. No futuro a ideia é que consiga responder às dúvidas de qualquer elemento da comunidade", refere. Através da plataforma digital, fica garantida a resposta a qualquer hora do dia ou noite, assim como o agendamento presencial.

O UMinho Hub estará instalado no Balcão Único do campus de Azurém, e em Gualtar ficará no CPII, num espaço anteriormente utilizado por uma dependência bancária.

3º Fórum + Educação, este ano, sob o tema ´Caminhos de sucesso no ensino superior`, organizado pelo Centro IDEA, teve casa cheia.

Alunos, docentes e investigadores estiveram juntos para ajudar a identificar as maiores problemáticas no ensino superior que têm contribuído para taxas de abandono na ordem dos 10% no caso das licenciaturas e 16% no segundo ciclo.

A sessão contou com a participação da professora Alexandra Araújo, da Universidade Portucalense - Departamento de Psicologia e Educação, o professor Pedro Rosário da Escola de Psicologia da UMinho; da estudante da Escola de Medicina - Universidade do Minho, Marta Teixeira Sobgui, e do Secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira.

Um possível ano zero, a promoção a partir do ensino secundário de um estudo mais individual e independente ou a necessidade de rejuvenescimento do corpo docente foram alguns dos contributos desta sessão.

Para o secretário de Estado é fundamental repensar os "métodos de ensino" assim como a "estruturação das disciplinas", de modo a preparar os mais jovens para um futuro que é "incerto" e de "mudança".

Do lado dos estudantes, Marta Sobgui foi a voz dos deslocados. A aluna do curso de Medicina considera premente que mais unidades orgânicas da UMinho, mas não só, criem "aulas de apoio" principalmente para os estudantes que chegam dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), de modo a colmatar algumas "faltas de bases" em determinados temas.