A Universidade do Minho recebe até sexta-feira aquele que é o congresso “mais relevante a nível mundial” sobre a gestão de águas de mina. O evento conta com 250 participantes de 33 países, no campus de Gualtar, para discutir novas tecnologias, logística e ambiente. A pré-conferência decorreu no fim de semana, em Oviedo.

O 15º Congresso da International Mine Water Association (IMWA), arrancou oficialmente esta segunda-feira de manhã, no campus de Gualtar da Universidade do Minho e reúne especialistas nas mais diversas áreas - da geologia à geopolítica.

A sessão de abertura contou com uma apresentação do presidente da IMWA, Christian Wolkersdorfer, seguindo-se uma palestra sobre minerais críticos e geopolítica, guiada por Daniel Oliveira, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.

Kirk Nordstrom, químico da US Geological Survey, e Mafalda Oliveira, chefe do Departamento de Barragens e Resíduos de Extração da Boliden Somincor, também têm presença confirmada.

O programa geral inclui, paralelamente, sessões, posters, cursos breves e workshops sobre temas relacionados com os impactos ambientais da mineração, reabilitação sustentável de áreas degradadas, geotermia em antigas minas e monitorização com recurso a tecnologias emergentes (sensores, UAVs, inteligência artificial).

A conferência conta também com visitas técnicas às minas de carvão de S. Pedro da Cova (Gondomar) e de volfrâmio em Covas (Vila Nova de Cerveira) e Borralha (Montalegre). Estão ainda agendadas visitas à Faixa Piritosa Ibérica, nomeadamente às minas de S. Domingos, Aljustrel, Riotinto (Espanha) e Urgeiriça, locais marcantes da exploração de cobre, enxofre e urânio. 

A iniciativa, que tem o apoio do Turismo de Portugal, de vários municípios e de empresas do setor não visitava Portugal desde 1990.

Toda a informação está disponível online, através do site oficial do congresso.

Escrita por José Silva Brás