Regional 16.04.2025 17H11
ULS Braga alerta para a sáude vocal no Dia Mundial da Voz
A unidade hospitalar realiou esta quarta-feira rastreios gratuitos para sensibilizar a população para a importância da saúde vocal e da deteção precoce de alterações na voz.
Rouquidão persistente, que ultrapassa as duas semanas, desconforto ao engolir ou fadiga vocal, são alguns dos sintomas de alerta para buscar apoio de um profissional especialista. Para sensibilizar a população para a saúde vocal, a Unidade Local de Saúde de Braga realizou esta quarta-feira, rastreios para identificar alterações precoces na voz.
Para celebrar o Dia Mundial da Voz, a unidade hospitalar recebeu oito utentes durante o dia que passaram por uma nasofibrolaringoscopia, além de uma conversa, revela Cátia Azevedo, do serviço de Otorrinolaringologia da ULS Braga. A responsável esclareceu que foi realizada uma triagem prévia no momento da inscrição para que fossem atendidos apenas aqueles que “tivessem queixas relacionadas com a voz” relacionadas com rouquidão, “que persiste para além das duas semanas”, e com a deglutição, além de doentes que tenham alguns fatores de risco para ter patologias da voz, “nomeadamente profissionais da área da voz", que sejam fumadores ou tenham hábitos etílicos abusivos.
O exame realizado através do nariz “através de uma câmera" permite visualizar todo o aparelho da laringe e as cordas vocais, para identificar a existência de alterações nas cordas vocais. Cátia Azevedo explicou que caso seja identificado algum problema ao nível da voz, é feita “uma carta dirigida ao médico assistente, ao médico de família, para que o utente seja referenciado para uma consulta hospitalar”.
Entre os utentes que buscaram ajuda esta quarta-feira, está José Diogo, de sete anos. De acordo com o pai, José Rui, o filho já apresentava rouquidão “há cerca de um mês e meio e que estava a ter alguma dificuldade em ultrapassar essa debilidade”. “Fizemos toda a questão de vir aqui para perceber qual era o problema e se era preciso adotar algum procedimento clínico para fazer ultrapassar a situação”, referiu.
Já a terapeuta da fala, Mónica Valinho, apontou a fadiga vocal, desconforto “na zona da garganta”, além da rouquidão como alguns sinais de perigos para a saúde vocal e indicadores de que deverá ser avaliado por um médico otorrino. A profissional indicou não fumar, evitar bebidas alcoólicas, gritar, além de hidratar bem como algumas dicas para o dia a dia. “Evitar o pigarro, aquela limpeza constante da garganta, é algo que afeta bastante as cordas vocais e, portanto, a produção de som”, concluiu.