Com as mulheres a dominar o palco, arranca, esta sexta-feira, o Festival Soul de Inverno, em Famalicão. Pelo terceiro ano, o evento invade a Casa das Artes, com uma “fusão do R&B, Hip-Hop e raízes africanas”.

Até sábado, o festival traz ao público uma mistura entre "talentos emergentes e artistas de qualidade mundial". A terceira edição do ‘Soul de Inverno’ apresenta “algumas novidades sobre aquilo que está a acontecer, mas não esquece as referências do passado da música”, aponta o programador, Álvaro Santos.

A partir das 21h30 deste sábado, o espaço famalicense recebe Carolina Milhanas. A cantora, aponta o programador, tem em Fausto a maior influência musical, uma vez que o pai produzia e atuava com o músico, que morreu este verão. Depois, é a vez de Nenny, “uma das mais promissoras jovens da música portuguesa”, subir ao palco, para apresentar o disco de estreia ‘De Sombra a Sombra’.

No dia seguinte, pela mesma hora, a programação conta com Soraya Tavares, a voz emergente da música lusófona, com uma mistura de pop, kizomba e “muita influência africana”. Segue-se o duo do Mali, Amadou & Mariam “uma das bandas fabulosas, com uma fusão de sonoridades”, que mescla o som tradicional do Mali com riffs de guitarra de blues-rock.

Para o diretor do espaço cultural famalicense, os concertos estão alinhados com as iniciativas promovidas pela Casa das Artes, como um “espaço multifacetado, plural e eclético”, e traz o que há de mais atual na música. O Festival, acrescenta, ajuda a perceber o “caminho que se pode ir trilhando no futuro” e a aceitação do público. “Permite trazer a riqueza e a diversidade do musical da lusofonia, mas não esquece as sonoridades que o mundo também nos vai trazendo”, finalizou.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Liliana Oliveira