Academia 06.09.2024 16H56
Rosa Vasconcelos reeleita presidente da Rede de Provedores do Estudante
A Provedora do Estudante da Universidade do Minho foi reconduzida esta sexta-feira, no Encontro Nacional de Provedores do Estudante, que contou também com a presença do ministro Fernando Alexandre.
“Sozinhos chegamos mais rápido, mas acompanhados chegaremos mais longe”. Este é o lema da Rede Portuguesa de Provedores do Estudante do Ensino Superior (RPE) para o novo mandato, que continuará a ter no comando a Provedora do Estudante da Universidade do Minho, Rosa Vasconcelos.
Reconduzida no cargo, numa eleição que decorreu na Universidade do Minho, palco da 13.ª edição do Encontro Nacional de Provedores do Estudante.
A professora assume que os estudantes internacionais são, neste momento, a sua prioridade. “Não temos tido resposta rápida da AIMA - Agência para a Integração Migrações e Asilo - e os alunos têm tido muita dificuldade em conseguir o visto, para poder entrar na universidade em tempo útil, portanto nós queremos de alguma forma ter o apoio da própria instituição”, explicou. Segundo a provedora, a RPE prepara-se para pedir “uma reunião com a Ministra da Administração Interna para falarmos sobre a AIMA poder estar em cada uma das instituições, pelo menos uma vez por mês para tratar dos assuntos”, e, além disso, “a própria instituição também se responsabilizar no sentido de, no fim de cada semestre, dizer quais são os alunos internacionais que não têm sucesso académico”.
“Muitas vezes, o que acontece é que os alunos pedem o visto, mas é para poder sair do país, para ter uma vida melhor, mas as instituições de ensino superior é que não podem ser a mais-valia deles de entrada num país”, referiu ainda.
Aproveitando a revisão do Regimento Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), Rosa Vasconcelos defende que se esclareça aquilo “que deve ser um provedor”. “Poderia ser uma hipótese, uma junção de pequenas instituições”, acrescentou.
No primeiro mandato, foi instituída a hora do provedor, onde é permitido aos membros da rede “discutir, analisar e partilhar ideias”. “Temos tentado trabalhar tudo como uma comunidade”, explicou.
Provedor do Estudante "é muito relevante para o funcionamento das instituições de ensino superior”
Na sessão de encerramento, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, realçou a importância do encontro, “numa dimensão que é muito relevante para o funcionamento das instituições de ensino superior”.
“Sempre percebi a importância que tem esse elemento, de ligação entre os estudantes e as estruturas de direção, em particular, dos cursos”, afirmou o governante. Para Fernando Alexandre, o provedor “é um recetor das preocupações dos estudantes, das injustiças que possam acontecer e de dificuldades que existem”.
“Na revisão do RJIES, em que já estamos a trabalhar, de facto não se diz quase nada [sobre o Provedor do Estudante] e temos que olhar para isso. Temos a vantagem de estarmos a trabalhar num processo de criação que se chama ‘Conselho Nacional de Inovação Pedagógica para o Ensino Superior’, que vai ser apresentado, num encontro com todas as instituições, em Coimbra, a 24 e 25 de outubro, e que beneficiará muito a atividade dos provedores do estudante”, anunciou o ministro. O Governo pretende com este Conselho “ligar três componentes: sucesso, abandono e saúde mental”.