O presidente do conselho de administração da Agere, Rui Morais, afirma que a gestão em curso desde 2013 com os dados alcançados e que têm sido dados a conhecer "comprovam que uma gestão pública pode atingir bons resultados". No espaço de grande entrevista semanal da RUM, Rui Morais reafirmou que a compra dos 49% de ações dos privados na Agere faz sentido, mas apenas depois da liquidação da dívida da SGEB, uma vez que até aqui, a liquidação da dívida da SGEB significa um esforço anual de vários milhões de euros.

No Campus Verbal, Rui Morais afirmou que "está demonstrado que não é preciso ter uma gestão privada para que a eficiência da empresa seja demonstrada", notando que toda a gestão desde 2013 "comprova que uma gestão pública consegue atingir bons resultados". "Se nestes últimos anos reduzimos tarifários, fizemos investimentos, aumentamos a qualidade de todos os serviços que prestamos à população, está demonstrado que é possível", argumentou.

Há pouco tempo, a maioria apontava para um custo de 60 Milhões de Euros a operação de compra da totalidade das ações da Agere. Rui Morais considera, no entanto, que a negociação até pode ser prejudicada face à insistência na questão, já que nos próximos anos o processo não sofrerá alterações tendo em conta o contrato de gestão delegada, recentemente aprovado. "Não vale a pena estar sempre a falar em números porque até pode prejudicar um dia a negociação da compra", disse, ainda que reconheça também que a avaliação terá de ser feita por entidades externas.

Questionado sobre a possibilidade de uma compra faseada das ações dos privados, Rui Morais considera que essa possibilidade não faz sentido. "O efeito era o mesmo, o ter 49%, ter 40% ou 30% acaba por ser a mesma coisa. Nós hoje temos uma gestão que, todos os objetivos do executivo municipal são concretizados. Seria inócuo. Repare, com a subida da inflação nestes anos teoricamente teríamos de ter aumentado 21% o tarifário desde 2013 e, ao contrário, até reduzimos duas vezes, dois e meio por cento", rebateu.

Com a liquidação da SGEB concluída em 2024, Rui Morais diz que cabe às próximas candidaturas para 2025 a definição do futuro da AGERE.