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Fotografia: Marcelo Hermsdorf /RUM
Marcelo Hermsdorf

Desporto 03.05.2025 16H57

Rampa da Falperra no ‘caminho’ da sustentabilidade 

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Após estudo realizado nas duas últimas edições, a iniciativa pretende compensar a pegada ambiental anualmente. Na 44ª edição, a prova bracarense decorre entre 9 e 11 de maio. 
Palavras de Rogério Peixoto, Ni Amorim, Altino Bessa e Ricardo Rio.

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A 44ª edição da Rampa da Falperra aposta na sustentabilidade ambiental como trunfo e espera novos recordes para 2025. A prova bracarense que vai contar com melhorias no pavimento foi apresentada oficialmente esta sexta-feira, nos Paços do Concelho, em Braga.


Para 2025, o número de inscritos já se aproxima da última edição. Para o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, esta é uma prova indissociáveis da cidade e que ano após ano busca estar mais próximo dos bracarenses, como, por exemplo, as atividades que decorrem no primeiro dia do evento, com exposições e o tradicional desfile pela cidade.


O autarca apontou que são muitos “os amantes do desporto automóvel” e, em particular, da Rampa da Falperra, que vêm a cidade para desfrutar deste contato. Sublinha que apesar do “cunho desportivo”, tem diversas outras dinâmicas, “quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista económico, que são muito, muito relevantes para o concelho”, referiu.


Com a aposta na componente da sustentabilidade, o vereador do ambiente, Altino Bessa, revelou que foi realizado um estudo entre as edições 2023 e 2024 do impacto ambiental de tudo o que envolve a realização da prova, que demonstrou que era necessário plantar cerca de 250 árvores por edição para compensar a pegada carbónica. “Foi o que fizemos, numa zona sensível, que faz parte de todo aquele complexo da rampa da Falperra”, recordou, indicando que vai ser realizado novamente este ano, “no inverno, momento mais adequado para a plantação”.


Para o presidente do Clube Automóvel do Minho (CAM), Rogério Peixoto, além da componente desportiva, a preocupação ambiental “é crucial” para preservar o património que, “por estes dias, nos empresta a casa”. Para o responsável, o CAM pretende ano a ano trazer valores que “garantam a continuidade do evento, seguindo para tal dos mais altos padrões de sustentabilidade e respeito pelo cenário natural e cultural que nos acolhe”.

O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Ni Amorim, sublinhou que esta preocupação vem ao encontro das iniciativas da entidade que, por exemplo, “foi pioneira o ano passado na introdução, em algumas categorias das gasolinas, 100% sintéticas”. Sendo, segundo o dirigente “o primeiro país na Europa a adotar este modelo”.


Ni Amorim ressaltou ainda que por “ser a rampa mais antiga da Europa” com todas as melhorias que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) obriga “é algo extraordinário”.



Novo asfalto deve deixar o traçado mais rápido


Na componente desportiva, Rogério Peixoto espera uma quebra do recorde do traçado instituído pelo italiano Christian Merli (1:46:944) em 2019. O local recebeu mais de seis mil metros quadrados de novo piso de asfalto no traçado de 5.200 metros da rampa. 


O jovem francês Kevin Petit (Nova Proto NP01 Honda Turbo) afigura-se como o grande rival do italiano Christian Merli (Nova Proto NP01 V8 Cosworth) na discussão da vitória na 44ª edição da Rampa Internacional da Falperra (10/11 maio), terceira prova do Campeonato da Europa de Montanha (CEM) e do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group (CPM). 

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