O Partido Socialista (PS) registou uma descida significativa no distrito de Braga nas eleições deste domingo. Em comparação com o ato eleitoral de março de 2024, os socialistas passaram de 28,24% dos votos para 23,02% este ano, uma queda de mais de cinco pontos percentuais que resultou na perda de um deputado: baixou de seis para cinco eleitos, em contraste com o Chega, que conquistou mais um mandato comparativamente ao ano anterior. 

A representante da Federação Distrital do partido, Liliana Pereira, agradeceu a "confiança que os eleitores do distrito depositaram", o que representa "uma grande responsabilidade que os agora eleitos têm sobre os ombros", mas apontou a abstenção como uma das principais razões para o resultado negativo, estimando que "cerca de 13 mil pessoas" não votaram, algo que penalizou "sobretudo o Partido Socialista". 

Questionada sobre a perda de um deputado para o Chega, atribuiu o resultado ao crescimento do partido de André Ventura, "que já tem vindo a crescer de uns atos eleitorais a esta parte, é um problema que é estrutural e que agora se refletiu”, analisou. A dirigente acredita que o PS, "sendo o partido da oposição, acabou por ser penalizado nestas eleições”.

Apesar da quebra, Liliana Pereira rejeita extrapolações para as eleições autárquicas deste ano, garantindo que "estes resultados não podem ser traduzidos para as candidaturas autárquicas. São projetos que já estão há muito tempo no terreno, que são próximos das populações e têm tido grande acolhimento". 

Para a socialista, os cinco deputados eleitos por Braga têm prioridades para o distrito, que passam por "resolver os problemas das populações" em vários temas, com destaque para "habitação, mobilidade, mobilidade entre concelhos" e ainda a área social, nomeadamente "a falta de creches, de infraestruturas sociais e o apoio aos idosos".

c/Liliana Oliveira