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Liliana Oliveira

Regional 27.03.2024 15H14

PS acusa CMB de falta de coordenação nas obras públicas

Escrito por Liliana Oliveira
Associação de Pais da Escola da Sé pede alargamento do recreio para o terreno contíguo ao edifício. Câmara está a estudar a possibilidade, mas esta não será uma alternativa imediata e terá que "cumprir os requisitos legais".
Declarações de Artur Feio, do PS, Ana Maria Silva, coordenadora da Escola, Daniel Ferreira, da Associação de Pais, e Carla Sepúlveda, vereadora da Educação

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O Partido Socialista acusa a Câmara de Braga de falta de coordenação nas obras públicas. Para os vereadores da oposição, a Escola da Sé é um desses exemplos.

Com 214 alunos, divididos por nove turmas, a Câmara Municipal já iniciou, em fevereiro, a substituição do telhado, para por fim às infiltrações, que chegaram a afetar o regular funcionamento das atividades letivas.

“A substituição do telhado resolve 70% dos nossos problemas”, admitiu Daniel Ferreira, presidente da Associação de Pais. Seguem-se os muros e, depois, durante a interrupção letiva de verão será requalificado o interior da escola, fez saber a vereadora da Educação.


O recreio é, no entanto, um dos principais problemas para a coordenadora da Escola que, com mais de duas centenas de alunos, precisa de ser ampliado.

Artur Feio lamentou que a Câmara não tenha aproveitado “o campo de jogos que existiu do outro lado da rua, e que foi destruído, porque vai haver a obra na Insula das Carvalheiras, que nem sequer está ainda aprovada em Tribunal de Contas”.


“Se o equipamento não fosse destruído e pudesse ter sido feita a intervenção enquanto este equipamento existisse, esta questão não se colocava”, completou o vereador socialista, acusando o executivo municipal de falta de “enquadramento de continuidade, que permita não só pensar a intervenção no seu todo, como, por outro lado, arranjar uma alternativa”.


A Associação de Pais e a coordenadora da Escola consideram como a melhor hipótese para o novo recreio o espaço contíguo à escola, virado para o Campo das Carvalheiras. Esta solução já foi apresentada a Carla Sepúlveda que não a coloca fora de hipótese, admitindo, no entanto, que não será uma alternativa imediata.

“O espaço que querem necessita de uma obra maior, porque havia necessidade de reforçar a segurança. Não tenho dados que me permitam dizer o porquê deste espaço ter deixado de fazer parte da escola, nem sei se alguma vez foi mesmo parte integrante da escola. Pedi essa informação ao património para tentar perceber”, justificou a vereadora da Educação, dando nota que terão que ser assegurados “os requisitos legais” até que seja uma realidade.


Entretanto, enquanto decorrem as obras, “a Associação de Pais levou a Conselho Geral a proposta de desfasamento dos recreios, ou seja, metade da escola ter recreio a uma hora, a outra metade ter a outra”, explicou Ana Maria Silva.

Em junho, aquando da intervenção no muro, Carla Sepúlveda referiu ainda que a Componente de apoio à família (CAF) será assegurada “noutro espaço”.


Artur Feio criticou ainda o facto de haver “várias intervenções, que não estão coordenadas”. “Vamos, de uma forma avulsa, dando respostas às necessidades. Neste caso, não é o facto de haver uma falta de gradeamento num espaço, que é relativamente reduzido e que podia perfeitamente ser trabalhado para ser usado, mas uma falta de vontade de que aconteça ali um espaço alternativo”, atirou.

Para o PS, a Câmara trabalha “a várias velocidades, porque há vários pelouros que não comunicam”. 

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