ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

DR
Elsa Moura

Regional 19.12.2024 11H03

Presidente da CMB é um dos arguidos no caso das viagens a Seattle patrocinadas pela Microsoft

Escrito por Elsa Moura
O caso remonta a janeiro de 2014 e envolve, entre outros, Carlos Oliveira e Paulo Cunha. Valor em causa, relacionado com alojamento e refeições, ronda os 850 euros.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, Carlos Oliveira, antigo presidente da InvestBraga, Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara Municipal de Famalicão e atual eurodeputado do PSD foram constituídos arguidos por recebimento indevido de vantagem pelo pagamento de refeições e alojamento, no caso das viagens a Seattle (EUA) patrocinadas pela Microsoft entre 18 e 21 de janeiro de 2014. A notícia é avançada esta quinta-feira pela revista Sábado.


O autarca social-democrata confirmou à RUM já ter sido notificado, mas não fez qualquer comentário, uma vez que o processo ainda está em investigação tendo os envolvidos referidos colaborado desde a primeira hora com as autoridades.  O alegado recebimento indevido, apurou também a RUM, é de 845 euros e cinquenta e dois cêntimos. Note-se que noutras circunstâncias, estes valores relacionados com estadia e alimentação seriam acautelados pela própria autarquia, uma vez que se tratam de despesas pagas pelo município em condições normais de viagens de trabalho e representação.


 Já os bilhetes da viagem de ida e volta foram pagos pela Câmara Municipal de Braga. 


Além dos dois bracarenses surge também Paulo Cunha, atual eurodeputado do PSD, e na altura presidente da Câmara Municipal de Famalicão.  O vice-presidente da câmara de Sintra, Rui Pereira, do PS e o socialista João Neves, na altura também presidente da câmara da Figueira da Foz também participaram nesta viagem.


Segundo a mesma publicação, o atual ministro Pedro Duarte, que terá estado na origem de convites quando era funcionário da empresa, garante que não recebeu qualquer notificação das autoridades.


Mais de 10 anos depois das viagens e alojamento alegadamente pagos para visitar a sede da Microsoft nos EUA e 29 meses depois da operação de buscas a várias autarquias e a empresas decretadas pela 1ª Secção do DIAP de Lisboa, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) está a constituir arguidos no âmbito do processo 7961/17.9T9LSB, o caso que ficou conhecido como as viagens dos autarcas à Microsoft.


Já de acordo com o Observador numa notícia datada de 2017, depois de estes autarcas terem participado nesta viagem, as câmaras de Braga, Vila Nova de Famalicão e Sintra fizeram mais de meio milhão de euros de ajustes diretos em licenças de software Microsoft (através de empresas terceiras e não contratualizado diretamente com a empresa norte-americana).


c/Sábado e Observador

Deixa-nos uma mensagem