O ministro da saúde disse ontem, em Famalicão, que o Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências (CIDIFAD) localizado em Riba D’Ave, é um “equipamento exemplar”.

O CIDIFAD integra a Santa Casa da Misericórdia de Riba D’Ave e pretende responder às necessidades de pessoas com demência. Atualmente, tem 92 quartos individuais, distribuídos por três residências, uma unidade especificamente pensada para a disponibilização de cuidados paliativos, uma unidade de alojamento temporário, para descanso do cuidador, e uma unidade de alojamento para famílias para acompanhamento da pessoa com demência ou para a formação de cuidadores. O CIDIFAD contempla ainda espaços terapêuticos, como salas de atividades, sala de musicoterapia, ginásios de fisioterapia, de terapia da fala e de terapia ocupacional, salas de sessão individual, sala de reminiscências, sala de snoezelen, jardim sensorial, além de uma Unidade de Dia e de um Serviço de Apoio Domiciliário.

“Este é um equipamento exemplar, movido por um sentido de altruísmo e humanismo que não pode deixar de ser elogiado. Aqui, está muito conhecimento científico e o sentimento de solidariedade para com os outros”, afirmou Manuel Pizarro.

A inauguração do espaço foi o momento escolhido para a assinatura de um protocolo para 60 quartos destinados a doentes da rede nacional de cuidados continuados. O ato protocolar visa ultrapassar a ausência de regulamentação para as demências, tendo-se encontrado solução nos Cuidados Continuados de longa duração, uma vez que uma boa parte dos doentes internados nestes cuidados continuados sofre de demência.

Salazar Coimbra, presidente executivo da Santa Casa da Misericórdia de Riba D’Ave, fez saber que o espaço acolhe ainda “cerca de 30 pessoas com demência, das altas sociais”. “Temos a unidade de cuidados paliativos quase pronta, que iremos inaugurar, em breve, porque concorremos ao PRR e vamos ver se existe essa contemplação, bem como para uma unidade de dia”, adiantou ainda o responsável. O CIDIFAD conta ainda com “uma unidade de descanso para o cuidador, que está sempre aberta”.

O vice-presidente da Câmara de Famalicão, Ricardo Mendes, aproveitou o momento para sugerir que “em vez de uma subsidiação e complementaridade” entre SNS e Misericórdias houvesse antes “colaboração maior entre o sector público e privado”. Na resposta, o ministro da Saúde disse que gostaria de “um dia voltar a Famalicão para debater a ideia”.