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Redação

Cultura 20.10.2024 09H42

Paula Mota Garcia sai da equipa da Capital Europeia de Cultura Évora 2027 

Escrito por Redação
Era a coordenadora do projeto e em causa estão os mais recentes desenvolvimentos na constituição da Associação Évora 2027.

A coordenadora da Equipa de Missão Évora_27, Paula Mota Garcia, demitiu-se do projeto Capital Europeia da Cultura, que vai decorrer naquela cidade em 2027, face “aos recentes desenvolvimentos na constituição” da associação gestora, foi hoje anunciado.


Em comunicado enviado à agência Lusa, a Évora_27 Capital Europeia da Cultura (CEC) revelou que a demissão de Paula Mota Garcia foi comunicada, na quinta-feira, numa reunião da assembleia-geral da Associação Évora 2027, recentemente criada para gerir a iniciativa.

“Face aos recentes desenvolvimentos na constituição da Associação Évora 2027”, a coordenadora da Equipa de Missão “comunicou a sua desvinculação da iniciativa”, pode ler-se no comunicado.


Contudo, Paula Mota Garcia manifestou “também a sua disponibilidade para colaborar na transferência do processo, em articulação com o presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá”.


Em 02 de junho de 2020, a Câmara de Évora anunciou Paula Mota Garcia como coordenadora da Equipa de Missão da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027.

Antes, e desde janeiro de 2017, Paula Garcia era responsável pela direção do Teatro Viriato, em Viseu, projeto no qual colaborou ao longo dos 21 anos anteriores.

Desde 2020, lembrou hoje a Évora_27, “dirigiu e orientou os trabalhos de preparação da candidatura [a CEC], nomeadamente a conceção de todo o programa cultural e artístico”.

“Foi coautora do dossiê de seleção, assim como do conceito ‘VAGAR’”, no qual se baseia toda a candidatura de Évora Capital Europeia da Cultura, cuja aprovação foi anunciada a 07 de dezembro de 2022.


Além da coordenadora da equipa da candidatura de Évora a CEC em 2027, também Marisa Miranda, responsável desde 2020 pela estratégia de Comunicação e Alcance de Évora _27, comunicou a sua demissão, esta quinta-feira.

Contudo, a responsável, também coautora do dossiê de seleção da candidatura, vai cumprir o seu contrato até dia 31 deste mês e manifestou também “inteira disponibilidade para garantir a devida transferência de todos os assuntos em curso”.


Visto que, numa assembleia-geral anterior da associação, “a maioria dos presentes” decidiu “que não reunia os requisitos necessários para assumir a Direção de Comunicação e Alcance” desta nova entidade, optando por outro candidato, Marisa Miranda considerou que, “no atual quadro de governança” de Évora_27, deixou de ter condições para continuar a trabalhar na iniciativa”, é referido no comunicado.


A Associação Évora 2027, cujo decreto-lei de criação foi publicado em Diário da República no final de 2023, é formada pelo Estado, Câmara de Évora, Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Universidade de Évora, Fundação Eugénio de Almeida e Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo.


Esta associação, que tem como presidente indigitada a jurista Maria do Céu Ramos – era secretária-geral da Fundação Eugénio de Almeida, mas ainda não tomou posse na Évora 2027 - tem como missão planear, promover, desenvolver e executar a iniciativa Évora_27 Capital Europeia da Cultura, de acordo com o que está inscrito em dossiê de seleção.


Recentemente, foram nomeados em assembleia-geral da associação, por maioria, o economista António Costa da Silva e o consultor Bruno Fraga Braz como diretores Financeiro e de Comunicação e Alcance, respetivamente.

Na reunião de câmara desta quarta-feira, o presidente Carlos Pinto de Sá e vereadores do PS e do Movimento Cuidar de Évora criticaram a composição da direção da Associação Évora 2027, por deixar de fora os membros que conduziram a candidatura.


Com um total de cerca de 49 milhões de euros, a dotação financeira de Évora_27 é composta por 15 milhões do Orçamento do Estado, 10 milhões de fundos europeus, quatro milhões do Turismo, cinco milhões para territórios envolventes e os restantes 15 milhões subscritos pelo município e parceiros.


Lusa

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