A crise na habitação é um dos temas que será abordado na Conferência Anual da Eurocities, que decorre, em Braga, esta quinta e sexta-feira.

Anacláudia ROSSBACH, diretora executiva da UN-Habitat, lembrou, hoje, na sessão de abertura, que existem “quase 3 mil milhões de pessoas a viver em situações inadequadas, 300 milhões de pessoas em situação de sem-abrigo, centenas de milhões de casas a serem destruídas por desastres, crises e conflitos, e mais de um bilião de pessoas a viver em situações muito precárias, especialmente no hemisfério sul”.

A responsável enalteceu, por isso, a importância de se estabelecerem parceria entre a ONU e os governos locais e regionais. “Temos estado muito ativos na preparação da próxima conferência sobre financiamento para o desenvolvimento, trabalhando com vários Estados-membros que apoiam o papel das cidades, o plano de acção a nível municipal, sendo importante aumentar o volume dos fluxos financeiros internacionais para as cidades e através das cidades”, denotou Anacláudia ROSSBACH.

A diretora executiva da UN-Habitat diz ser claro para as Organizações Unidas que não será possível atingir “os compromissos de 2030 se não se trabalhar com as cidades”. “É ao nível das cidades que seremos capazes de implementar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, denotou.

A semana passada foi aprovado o novo plano estratégico 2026-2029, que, segundo a responsável, tem a habitação no centro das atenções. “O acesso à habitação e aos serviços básicos, a governação multinível e o papel das cidades e dos governos regionais e locais são um meio crítico para a implementação desse plano estratégico”, finalizou.