O PCP insiste na construção de uma nova ala cirúrgica no Hospital de Braga, a juntar às 13 existentes. Tal como no ano passado, os comunistas vão levar a medida para a discussão do Orçamento do Estado, esperando, desta vez, um desfecho diferente.

Com o custo estimado de um milhão de euros, o vereador comunista na Câmara Municipal fala de “uma necessidade absoluta”, já que, pela escassez destes espaços, mais de 19 mil cirurgias foram deslocalizadas para entidades privadas e do terceiro setor nos últimos dois anos. Apesar de ter reduzido a lista de espera de 19 mil para 12 mil pessoas a aguardarem cirurgia, entre 2019 e 2022,  Vítor Rodrigues alerta que o Hospital de Braga gastou 13,7 milhões de euros com a utilização de instalações fora da esfera pública.

O deputado municipal, João Baptista, que integrou a comitiva do partido que esteve, esta terça-feira, na entrada do hospital, lamenta que “muito do Serviço Nacional de Saúde seja canalizado para situações de remedeio”. Os comunistas consideram que parte desse montante deve ser aplicado na contratação de mais profissionais de saúde, assim como na melhoria das condições de trabalho.

A proposta para a construção de uma nova ala na instituição hospitalar foi chumbada na discussão do Orçamento do Estado 2023, por PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal. Os mesmos partidos votaram a favor uma moção da Assembleia Municipal de Braga a alertar para este problema, algo que o PCP define como um ato de “hipocrisia” e de “cinismo”.