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José Pedro Rebola Mataloto
Elsa Moura

Regional 06.11.2024 12H08

O Minho ainda é uma das zonas mais férteis para recrutamento do Exército  

Escrito por Elsa Moura
O Regimento de Cavalaria Nº 6, em Braga, tem aumentado o seu número de efetivos em 2024 contando atualmente com 243.
Comandante do RC6, em Braga, passou pelos estúdios da RUM para explicar melhor o que ali se faz e as oportunidades existentes no Exército

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O Comandante do Regimento de Cavalaria Nº6, em Braga, José Pedro Rebola Mataloto, afirma que o ingresso na carreira militar pode ser uma “oportunidade” para muitos jovens, sustentando que é importante que o façam “por vontade própria”. Também por isso defende que o modelo em vigor no nosso país desde 2004 é o correto no momento atual.


Sobre o RC6, esclarece que se trata de uma unidade do exército integrada na Brigada de Intervenção. Uma unidade “jovem e cheia de vontade de continuar a servir Portugal”. “Orgulhoso” por comandar um regimento em que “mais de 95% das pessoas estão a prestar serviço onde quer”, José Pedro Rebola Mataloto explica que no presente ano o RC6 “já ultrapassou o número de candidatos de 2023, o que, na sua opinião, confirma que "existe atratividade no Exército”.


O RC6 abrange 23 municípios do Minho dando resposta, sempre que necessário, em questões de apoio civil, nomeadamente “patrulhamentos na área dos incêndios", mas também resposta "em situações de catástrofe ou emergências complexas”, como aconteceu recentemente na pandemia da Covid 19.


O Comandante do Regimento de Cavalaria 6, em Braga sustenta que "o Minho ainda é hoje um dos terrenos mais fertéis de recrutamento para o Exército". Ainda que muitas das vezes os jovens da região comecem por prestar serviço noutras unidades "onde o Exército tem necessidades" e depois desses dois anos "vêm prestar serviço no RC6, em Braga, razão também pela qual "tem vindo a aumentar este ano o seu efetivo". "Segundo José Pedro Rebola Mataloto uma das vantagens "motivacionais" é a proximidade a casa e à família dos militares. "Um grande ativo de regimento é as pessoas estarem onde querem", atesta ainda.


RC6 conta atualmente com 243 efetivos


Atualmente são 246 militares e alguns funcionários civis e a média de idades rondará os 35 anos. O maior número de pessoas são ‘praças’, jovens que prestam serviço a partir dos 18 anos.  Recentemente, o RC6 recebeu um grupo de sete militares praças do quadro permanente de praças do exército, que até aqui não existia. “O primeiro curso terminou e há três semanas recebemos sete militares, isto tudo faz com que a nossa média de idades seja relativamente baixa”, esclarece. No total de efetivos – 243, - 14% são mulheres. O número de mulheres no RC6 "é estável" e não é uma “preocupação”, com o Comandante a admitir que “tem militares e civis, pessoas aptas e disponíveis para cumprir as missões".


A política de comunicação do Exército é adaptada de acordo com o contexto. Com ações em escolas, universidades e feiras de emprego, por exemplo, a divulgação de conteúdos sobre as oportunidades disponibilizadas para quem ingressa no Exército estão ainda concentradas numa página oficial apenas destinada ao recrutamento.


O Comandante do RC6 lembra que “no exército existem muitas possibilidades de profissão” para lá das forças de combate. “Temos desde a área da saúde, investigação e desenvolvimento nas engenharias, investigação e desenvolvimento na área de farmácia, investigação e desenvolvimento na área de veterinária, de higiene e segurança no trabalho. Existe uma imensidão de oportunidades consoante o grau académico ou a formação que a pessoa já tem”, sustenta ainda. Também por isso, enfatiza que “o exército é uma opção de profissão”.


Mais de 10 mil jovens do Minho cumprem Dia da Defesa Nacional no RC 6 em Braga no ano de 2024


O Dia da Defesa Nacional é obrigatório para todos os jovens nascidos em Portugal que atinjam os 18 anos de idade. “É mais um momento para mostrar quem somos, o que fazemos e porque estamos aqui”, explica. Com dois períodos de receção, o segundo será retomado esta quinta-feira e até ao final de novembro. Só em 2024 estima-se que passem pelo RC6 mais de dez mil jovens do Minho para um dia em que conhecem a todos os níveis “o conceito de defesa nacional”.


Um regimento que se quer também de portas abertas a toda a comunidade. Todas as quartas-feiras o RC6 está aberto a visitas, nomeadamente de associações, instituições e entidades.


Gabinete de atendimento na Junta de S. Vicente com perto de 4 mil registos em 2024


Já o Gabinete de atendimento ao público do RC6 de Braga está instalado na junta de freguesia de S. Vicente e só em 2024 já realizou perto de quatro mil atendimentos, muitos deles para esclarecimento de dúvidas a jovens que pretendem ingressar, outras pessoas que querem reingressar, além de antigos combatentes.


Numa mensagem dirigida ao auditório mais jovem, o Comandante do RC6 lembra que as Forças Armadas, o Exército e o RC6, em particular, “existem para servir a comunidade seja na situação mais extrema, a guerra", como noutros contextos, nomeadamente de catástrofe. "Estamos prontos, aptos e capazes e somos também uma oportunidade para servir os jovens, com mais ou menos escolaridade. Se a vossa convicção é para servir, venham servir. Se quiserem saber mais, venham, a porta está aberta”, ressalvou.


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