Academia 14.10.2024 11H45
Número de candidatos a mestrados na UMinho está a diminuir
Ainda assim, o número de candidatos continua a superar o número de vagas.
O número de estudantes inscritos em mestrados e doutoramentos na Universidade do Minho está a diminuir.
O assunto foi abordado pelo Conselho Geral, na última reunião.
Ainda que as vagas estejam a ser preenchidas, Luís Santos adianta que, por exemplo no Instituto de Ciências Sociais, desde a pandemia, o número de inscritos tem vindo a baixar.
“As candidaturas ainda superam as vagas, mas, talvez, se detete aqui um sinal que penso que poderá estar relacionado com condicionantes financeiras da vida dos estudantes”, acrescentou o conselheiro.
Já Tiago Miranda apontou à necessidade de ajustar a oferta formativa às transformações que a economia e a sociedade portuguesa estão a enfrentar. “Deve haver uma profunda reflexão com os setores sobre se as universidades têm a oferta ajustada aquelas que vão ser as necessidades do país”, afirmou. Tiago Miranda exemplificou com as perspetivas para a “fileira do lítio, que se prevê que venha a ser instalada, e do conjunto de fábricas de produção de baterias”. O docente considera oportuno percebe se, por exemplo, nesta área, estão as instituições de ensino superior “preparadas para formar quadros especializados para fornecer a essa fileira os profissionais necessários”.
Vítor Soares apelou à reitoria para isente do pagamento de propinas os Técnicos, Administrativos e de Gestão que queiram completar a formação na UMinho. “Seria um sinal muito positivo por parte de quem dirige a Universidade e seria uma mais valia para os trabalhadores e para a Universidade”, atirou.
Na resposta, o reitor Rui Vieira de Castro adiantou que “há uma deliberação próxima sobre esta matéria, que vem clarificar aquilo que resultada da suspensão de uma deliberação tomada, em 2023, pelo Conselho de Gestão da Universidade”.
Quanto ao número decrescente de candidaturas, Rui Vieira de Castro confirmou que “este ano, houve menos inscritos em licenciaturas e mestrados integrados, do que no ano anterior”. “Pode ser um primeiro sinal nos impactos das mudanças demográficas do país”, justificou. Ainda assim, garante que não há motivos para preocupação.