Academia 24.09.2025 12H18
Ciência para miúdos e graúdos. Noite Europeia dos Investigadores regressa a Braga
A Noite Europeia dos Investigadores está de regresso, desta vez no Forum Braga, com entrada gratuita e mais de 180 atividades para todas as idades. O evento, que junta cerca de 900 investigadores de várias escolas da UMinho e de centros de investigação nacionais, pretende "fazer pedagogia ao mesmo tempo que se faz investigação".
A Noite Europeia dos Investigadores (NEI) está de regresso a Braga para mais um serão repleto de ciência. Este ano, o Forum Braga recebe, no dia 26 de setembro, das 14h30 até à meia-noite, mais de 180 atividades dinamizadas por 900 docentes, investigadores e alunos, naquele que é o “maior evento de ciência no noroeste peninsular”.
Ao longo de dez horas, experiências, demonstrações, workshops, debates, exposições e jogos interativos estão à disposição para “públicos muito variados” e de todas as idades. Este ano, o evento muda-se para o Forum Braga, o que “permite que haja uma maior variedade de atividades e pontos de interesse”.
De acordo com Susana Costa, docente da UMinho e a responsável pela organização do NEI, além de atividades mais expositivas, haverá também propostas que "permitem aos visitantes interagir e manipular com os materiais expostos”. Paralelamente, o recinto conta ainda com um palco, onde se apresentará o ‘Nano Circus’, um espectáculo de circo que mistura a arte e a ciência, bem como vários debates. Haverá ainda uma zona de alimentação “relacionada com a mostra de atividades”.
À Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) juntam-se outras escolas da academia minhota, da Arquitetura, Arte e Design à Psicologia, o Laboratório Ibérico-Internacional de Nanotecnologia (INL) e vários outros centros de investigação da região e nacionais, como é o Centro Nacional de Computação Avançada/Deucalion, o CITEVE, a CESPU, o Laboratório da Paisagem e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. São centros de pesquisa e universidades que, nas palavras da docente, ajudam a criar “uma grande festa da ciência”, onde os próprios cientistas e investigadores apresentam os seus trabalhos “de uma forma muito mais acessível, mas com rigor científico”. “O que é particularmente importante nestes tempos em que surge tanta informação”, acrescenta.
A criação deste evento mostra, também, que há ciência para além das ciências exatas. “Há as ciências sociais, há as ciências da economia, enfim, todas essas ciências que, à partida não seriam identificadas pelo público em geral como sendo ciências, e na realidade são", afirma.
Esta é mais uma oportunidade para fazer divulgação e criar também um momento de informação para os cidadãos.
O projeto, promovido pelo Conselho Europeu há já 20 anos, tem como uma das premissas “a celebração da ciência e a estimulação do interesse pelas carreiras científicas, especialmente entre os jovens”. Por isso, um dos pontos altos do evento é a ‘Mostra de Ciência’, que reúne 31 projetos de alunos de escolas básicas e secundárias de Braga, Guimarães e Famalicão, e que demonstra que “também há ciência a ser feita na escola e há muito interesse para realmente seguir carreiras científicas”, sublinha Susana Costa.
A NEI materializa "uma das nossas vocações, que é a de formar e de melhor informar a nossa população”
Para José Manuel Gonzalez-Meijome, diretor da ECUM, a NEI é “a justificação daquilo que fazemos e porque o fazemos”. "É uma maneira de justificar aquilo que recebemos da sociedade, através dos impostos, através das alocações que o nosso governo, a população faz às universidades públicas", sublinha.
Mais do que um evento científico, a NEI é um momento para "fazer pedagogia ao mesmo tempo que se faz investigação". Para o presidente da ECUM, esta é a oportunidade de juntar professores e investigadores, responsáveis por "todas as atividades que são realizadas dentro das academias", para interagir com a sociedade, e cumprir "uma das nossas vocações, que é a de formar e de melhor informar a nossa população”.
Para a ECUM, este é um momento especial, não só porque completa o 50º aniversário, mas também cumpre a realização de um objetivo: o de criar mais impacto, "não apenas no nível regional, que é uma das nossas prioridades, mas nacional e também a nível internacional".
"Temos a convicção que este ano, a noroeste peninsular, não tenho dúvida alguma, que este será o maior evento de ciência nesta data tão assinalável a nível europeu", remata.
A programação completa está disponível online.