Ricardo Rio afirma que não se arrepende de ter dito que seria presidente da Câmara Municipal de Braga até ao último minuto nem que isso lhe possa ter custado a possibilidade de ser ministro de um governo da Aliança Democrática liderado por Luís Montenegro.

Confidenciou também que não recebeu um convite para o governo, talvez porque tinha deixado clara a sua indisponibilidade. Sobre o futuro, pelo menos nos primeiros tempos depois de deixar a Praça Municipal não tenciona assumir qualquer cargo político, mas assume que não deverá ficar muito tempo parado.

Numa grande entrevista de balanço dos quase doze anos de presidente da Câmara Municipal de Braga, o autarca social democrata afirma que se trata de um compromisso com o eleitorado.

“Não me arrependo, de todo, de ter dito que seria presidente da câmara até ao último minuto. Em primeiro, adoro aquilo que faço e nunca abandonaria o meu cargo antes do final do meu mandato, até porque acho que faz parte do contrato de confiança que qualquer eleito tem que ter com os seus eleitores. Em segundo lugar, julgo que a minha vida política vai ser interrompida pelo menos durante algum tempo a partir do próximo dia 21 de outubro”, revelou. 

Também por essa razão, explicou que tinha informado os responsáveis do PSD que em circunstância alguma consideraria a possibilidade de assumir responsabilidades governativas nesta fase. No entanto, questionado pela RUM e ainda que sublinhe que não é uma ambição pessoal, considera que “poderia exercer bem diversos cargos, quer a nível governativo quer noutras dimensões” ainda que não seja uma ambição, pelo menos “no futuro próximo”, insistiu.

Quanto ao futuro depois da Câmara Municipal de Braga, nada está fechado, mesmo que não antecipe ficar muito tempo parado. “Sei algumas coisas que vou fazer. Estarei envolvido seguramente em diversos projetos, quer a nível nacional quer a nível internacional, não tenho um em concreto que possa apresentar neste momento, mas também não estou preocupado com isso. A primeira coisa que vou fazer vai ser gozado umas boas férias”, afiançou. Confirmou, no entanto, que recebeu convites/sondagens “de diversa natureza, a nível nacional e a nível internacional”. Diz que “a base será sempre Braga, mas provavelmente com uma envolvência também internacional”.

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