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Nuno Gonçalves
Liliana Oliveira

Academia 20.05.2025 21H57

"Não é a quantidade de estudantes que faz valer as reivindicações no Conselho Geral, é a sua substância”

Escrito por Liliana Oliveira
Nova presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, Maria da Assunção Raimundo, considera que a composição do órgão colegial máximo da instituição é adequada e representativa.

A nova presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, Maria da Assunção Raimundo, considera que a composição do órgão colegial máximo da instituição é adequada e representativa.

Recordo que os estudantes reivindicam o reforço da sua representatividade no Conselho Geral, mas, com os estatutos aprovados recentemente, a composição deste órgão não sofre alterações. O documento apresentado pelo ministro Fernando Alexandre relativo à revisão do Regime Jurídico de Instituições de Ensino Superior (RJIES)também não aponta nesse sentido.


“Eu penso que o Conselho Geral, neste momento, é já uma imagem bastante representativa da Universidade no seu conjunto. É evidente que a universidade é formada essencialmente pelos seus estudantes, mas os estudantes tendo uma voz no Conselho Geral, e se os estudantes souberem eleger bem essa voz e a representatividade dessa voz, não é a quantidade que vai fazer valer as suas reivindicações e as suas posições no Conselho Geral, é a sua substância”, afirmou a nova presidente.


Maria da Assunção Raimundo, juíza conselheira jubilada, foi eleita, esta terça-feira, presidente do órgão colegial máximo da UMinho, tendo como vice-presidente o empresário bracarense José Teixeira. O mandato que agora inicia prolonga-se até 2029. 

Ambos foram convidados pelos conselheiros eleitos na votação que decorreu em março a integrar o órgão como membros externos. No total, são seis os membros cooptados: Assunção Pinhal Raimundo, Helena Pina Vaz, Jorge Wemans, José Teixeira, Pedro Gonçalves, Teresa Mendes.


Esta é uma universidade com grande impacto regional, nacional e internacional 

“Temos outras experiências, outras formas de ver, de nos pronunciarmos sobre os projetos”, apontou. Consciente das “ambições” que os conselheiros têm para a UMinho, Maria da Assunção Raimundo espera contribuir para “a discussão estratégica da universidade”. "O Conselho Geral tem uma responsabilidade grande na permanência desta imagem e da forma de como irá ser o futuro da universidade”, acrescentou.


Presidente do Conselho Geral aponta eleição do novo reitor da UMinho como um momento alto do mandato


O objetivo é traçar “uma visão mais abrangente, mais dilatada no tempo, por exemplo, para a próxima década”.

O mandato terá um dos momentos mais impactantes logo no início, com a eleição de um novo reitor.

Na corrida estarão, pelo menos, dois candidatos, ambos já expressaram essa vontade publicamente: Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia, e Eugénio Campos Ferreira, ex-vice-reitor para a Investigação e Inovação.


“O reitor de uma universidade é sempre a sua representação, cabe-lhe a ele trazer ao Conselho Geral projetos tendo em vista esse plano estratégico. A nomeação de um novo reitor é sempre, em qualquer universidade, um momento alto”, disse a nova presidente do Conselho Geral.

Recorde-se que, com a aprovação do novo RJIES, a eleição do reitor pode sofrer alterações, incluindo, por exemplo, os antigos alunos na equação.



Reitor aponta contas consolidadas de 2024 e BRT como assuntos urgentes a tratar pelo Conselho Geral


Na sessão de apresentação pública da nova equipa do Conselho Geral, que decorreu esta terça-feira, no Largo do Paço, o reitor Rui Vieira de Castro fez saber que há assuntos urgentes a ser tratados pelo órgão. Desde logo, o relatório de atividades e contas consolidadas, reportado a 2024, que, legalmente, a UMinho que tem que submeter até ao final do mês de junho.


Outro dos assuntos que também terá que ser analisado pelos conselheiros está relacionado com a linha vermelha do Bus Rapid Transit (BRT), que passará pelo campus de Gualtar. “O concurso de concessão e construção será lançado agora no início de junho e colocam-se questões diversas relacionadas com o percurso, prevendo-se a cedência de terreno que é da Universidade ao domínio público”, explicou Rui Vieira de Castro.


Na agenda, o reitor tem ainda a necessidade de o Conselho discutir “o plano de valorização de todo espaço a que vulgarmente chamam monte, que implica a cedência do terreno do campo de futebol para utilização por associações, sobretudo da freguesia de Gualtar”. “Por efeito daquilo que são prazos que nos estão externamente colocados, que se prende com a utilização de espaços da Universidade, para a instalação de uma infraestrutura que fará parte da rede regional de inovação, que corresponderá à instalação do laboratório de construção sustentável e que implica também terrenos da Universidade”, denotou o responsável máximo da academia.


Quanto à nova equipa, Rui Vieira de Castro afirma que “a preocupação sempre foi a de encontrar modos de representar diversos setores de atividade, através de pessoas qualificadas no interior desses mesmos setores, de modo a poderem trazer para dentro da instituição olhares diferentes, informados e interpelantes”.


A Universidade não pode ficar centrada sobre si própria


“A Universidade, a meu ver, ganha muito em poder contar num órgão de decisão estratégica com pessoas que têm uma experiência profissional, de vida, de intervenção cívica muito significativa, porque essa é uma condição para poderem confrontar a Universidade com novos olhares e olhares externos”, disse ainda. 


Para Vieira de Castro, “a Universidade tem que encontrar modos de diálogo produtivo com o contexto social, económico, cultural e, nessa medida, a presença destas pessoas é um enriquecimento sempre muito grande para um órgão tão importante quanto é o Conselho Geral”. 

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