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Liliana Oliveira

Regional 30.04.2025 21H51

Museu de Braga terá espaço para associações, auditórios e residências artísticas

Escrito por Liliana Oliveira
Projeto foi debatido pelo executivo municipal, esta quarta-feira.

Com cerca de 900 metros quadrados, a antiga escola Dr. Francisco Sanches será a sede do Museu de Braga. Ali, terão lugar “exposições interativas, que vão percorrer todo o tempo, da história da cidade”. De forma articulada, e sob coordenação desse espaço, existirão outros polos do mesmo Museu: Casa dos Crivos, Espaço Museológico das Carvalheiras, Museu da Imagem e o novo Espaço Museológico na Fábrica Confiança, este último com cerca de 1200 metros quadrados. 


“Estamos a falar de valores de investimento muito consideráveis, que estão neste momento em curso, além do projeto das Carvalheiras, que são quase 4 milhões de euros, na Francisco Sanches será um investimento na ordem de 1 milhão e 100 mil euros, na Confiança (só para o espaço museológico) serão cerca de 1 milhão e 700 mil euros e queremos que estes espaços funcionem de forma integrada, criando um roteiro, que quem aflui a Braga possa visitar para conhecer todas as dimensões da história e da realidade da cidade”, explicou o presidente da Câmara, Ricardo Rio, depois da reunião do executivo, onde foi aprovado, com a abstenção da CDU, o projeto relativo à instalação da sede do Museu de Braga, na antiga escola.


A 2.ª fase da requalificação da Francisco Sanches vai também “acolher um espaço para fins associativos, nomeadamente para acolher instituições, como os Sinos da Sé, e vai ter auditórios, espaços para residências artísticas, para dinâmicas culturais, que vão ser promovidos em articulação com a Divisão de Cultura, que também passará a estar sediada no edifício da antiga escola”.


PS de acordo com Museu na Francisco Sanches; CDU acusa maioria de falta de estratégia


Para o vereador do PS, Adolfo Macedo, “continua a haver duas versões do mesmo Museu”, uma vez que o documento aprovado esta quarta-feira não contempla “outros núcleos museológicos existentes de apoio ou que fazem parte integrante deste museu”. Para o Partido Socialista, os quatro núcleos mencionados “não são verdadeiramente museus, que é o caso das Carvalheiras e é o caso da Fábrica Confiança”. “Depois, há este Museu, que ficará na Francisco Sanches, que tem um programa museológico concreto. Dissemos muito claramente que estávamos de acordo, que era uma coisa que estava prevista no nosso programa eleitoral”, acrescentou.


Já o vereador da CDU, Vítor Rodrigues, absteve-se, por considerar que “podia ser algo mais diferenciado do que apenas um percurso entre as várias épocas históricas”. “Isso também reflete o modo como esta solução é adotada, ou seja, com esta finalidade, porque abriu um concurso para financiar museus territoriais, porque senão manter-se-ia tudo à espera de algo que não sabemos bem o que é”, denotou o vereador, acusando a maioria de “falta de estratégia”.


O município não pretende fazer grande coisa com estes espaços culturais, a não ser que caia do céu um financiamento qualquer, que obrigue a fazer à pressa um projeto. A CDU defendia, nas propostas eleitorais, a requalificação da antiga escola Francisco Sanches, mas pretendia torná-la “um centro cultural e não tanto um museu”. “O próprio Museu podia ter outro conceito e até a envolvência de outros atores do município na sua conceção”, finalizou. 

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