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Marcelo Hermsdorf

Legislativas 2025 19.05.2025 02H32

Mortágua reconhece “grande derrota” do BE mas mantém candidatura na próxima convenção

Escrito por Marcelo Hermsdorf
O partido obteve apenas um mandato após os resultados destas Legislativas.

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, reconheceu este domingo que a esquerda teve uma “derrota importante” e o seu partido uma “grande derrota”. A líder do Bloco de Esquerda conseguiu manter a vaga na Assembleia da República e garantiu que vai manter a sua candidatura à coordenação em novembro.


Mariana Mortágua afirmou que “assumir (a derrota) é o primeiro passo para fazer em conjunto a reflexão que temos que fazer, para aprendermos com a campanha que construímos, para sabermos olhar para a campanha que fizemos e construir o partido para o futuro que queremos construir e para alargar esta esquerda”. Interrogada sobre se é possível recuperar um partido de uma queda eleitoral com a mesma direção, Mariana Mortágua garantiu que vai manter a sua candidatura à próxima Convenção nacional do partido, agendada para novembro deste ano.


A bloquista defendeu a estratégia realizada pelo partido para estas eleições, que consistiu numa campanha sem arruadas, visitas a mercados ou feiras, e apostou mais num “porta à porta” e nas redes sociais. “É uma campanha da qual nos orgulhamos e que achamos foi uma campanha necessária para enfrentar estes tempos difíceis, mas os tempos são difíceis e nós não escolhemos os tempos em que calhámos viver”, argumentou.


De acordo com a coordenadora nacional, o partido sabia desde início que “esta seria uma campanha difícil” e Mariana Mortágua enquadrou a derrota numa “viragem à direita no mundo e na Europa” que se estendeu “também a Portugal” e que “é avassaladora”.


Mariana Mortágua disse ainda que “cada mandato” que um deputado do BE não vai ter na Assembleia da República “é uma lutadora em um lutador contra a extrema-direita que estará a fazer o mesmo trabalho na rua”. Quanto ao futuro, a coordenadora do BE respondeu que o partido “terá tempo” para reunir a direção e tem um “processo convencional” daqui a meses.

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