Manel Cruz está de regresso a Braga para atuar na sala principal do Theatro Circo. O concerto, inserido na tour ‘Cru’, realiza-se esta quarta-feira, às 21h30.

Durante o concerto vão ser recordadas canções dos projetos Foge Foge Bandido, Ornatos Violeta e do álbum a solo de 2019, ‘Vida Nova’, além de mostrar temas do próximo disco. Em entrevista ao Português Suave, o músico, sozinho em palco, fala de “uma espécie de viagem” em que apresenta músicas “um pouco melancólicas e introspetivas”. “Há ali uma preponderância para a palavra, o lado despido de arranjos que as músicas de um espetáculo acabam por ter”, contou no programa conduzido por Sérgio Xavier.

Acompanhado pela guitarra ou pelo ukulele, Manel Cruz refere que "as músicas são tocadas de forma pura e dura, crua”, numa alusão ao nome da tour. Nesse sentido, algumas das mais conhecidas não entram no alinhamento, enquanto outras que nunca foram gravadas podem ser ouvidas pela primeira vez. “Até acho engraçada esta ideia de que as pessoas, para ouvirem as músicas novas, terem de ir ao concerto”, sinaliza, antes de adiantar que também vai tocar temas mais antigos, como ‘Devagar’, dos Ornatos Violeta, ou a ‘Canção Sem Título’.

Na sequência dos problemas que levaram à suspensão da atividade do centro cultural Stop - Manel Cruz foi presidente da associação correspondente, sediada no Porto -, o artista decidiu tirar de lá o seu estúdio. À procura de “um novo sítio para trabalhar”, explica que a gravação do próximo disco depende desse fator. “A minha ideia é ir lançando as músicas e, eventualmente, compilá-las num disco. É o processo que eu sei que vai acabar por acontecer”, acrescenta.