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Liliana Oliveira

Regional 23.01.2024 12H14

Maioria aprova instalação dos CTT no Pópulo com a abstenção e alertas da oposição

Escrito por Liliana Oliveira
O posto de correios mais próximo, no centro da cidade, era o de Maximinos. A população terá agora acesso a um posto dos CTT, no Balcão Único do Município de Braga.
Vítor Rodrigues, da CDU, Artur Feio, do PS, e Ricardo Rio, presidente CMB

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O executivo municipal aprovou, com a abstenção de PS e CDU, a instalação de um posto dos CCT no Balcão Único do Município de Braga. O posto de correios mais próximo, no centro da cidade, era o de Maximinos. A população terá agora acesso a um posto dos CTT, no edifício do Pópulo.


Os partidos da oposição reconhecem a importância do serviço para a população, mas não concordam que a autarquia aloque um funcionário para prestar o serviço de uma empresa privada.


Vítor Rodrigues, da CDU, justificou a abstenção com o facto de este ser um serviço “conveniente e que já sucede nas freguesias”. “Não deixo de apontar os riscos que isto impõe à Câmara Municipal ao assumir este serviço, nomeadamente para as pessoas que vão ficar atrás do balcão a prestar o serviço em nome de uma empresa que neste momento, desde que foi privatizada, tem descido vertiginosamente a pique os níveis de prestação de serviço”, acrescentou. O vereador da oposição lembrou ainda que esta mesma empresa “coloca em causa, algumas vezes, o bem-estar das populações”. “Disso é exemplo o caso das faturas da AGERE, que, por vezes, há atraso na entrega dessas faturas”, exemplificou. Para Vítor Rodrigues, “seria desejável que essa empresa fosse trazida de novo para a esfera pública e que tivesse uma rede de postos com cobertura territorial, ao nível

do serviço público fundamental que é a distribuição postal”.


Artur Feio, do PS, critica o facto de ter sido o PSD a privatizar os CTT e que agora a coligação, suportada pelo mesmo partido, promova a empresa. “Reconhecemos que, apesar de tudo, ainda há serviços que são prestados sobretudo aos mais velhos, mas não deixa de ser risível que o mesmo partido que suporta a maioria do executivo, que privatizou os CTT, agora promova uma empresa privada, colocando um funcionário à disposição dessa empresa privada para prestar serviço aos bracarenses”, referiu o socialista. Artur Feio considera que a autarquia “não pode ter um espaço, fornecer um funcionário, água e luz, para que se prestem serviços a empresas privadas”.


Na resposta, Ricardo Rio enaltece a importância da disponibilizar o serviço à população bracarense. O autarca social democrata lembra que a privatização dos CTT constava no memorando da Troika, acordado pelo PS. “Nem que fosse responsabilidade dos partidos que suportam a coligação, eu me sentiria minimamente inibido de tomar opções como esta de disponibilizar esse serviço à população de Braga”, começou por dizer o presidente da Câmara, defendendo que este serviço é “uma mais-valia para quem venha a aceder ao Balcão Único e ao Espaço Cidadão”. Quanto à privatização da empresa, o autarca social democrata lembra que efetivamente foi o PSD a tomar essa medida, mas esta “já estava preconizada no PEC IV, aprovado pelo Partido Socialista, e estava também no memorando da Troika, que foi acordado pelo Partido Socialista”. “O próprio Partido Socialista sempre se opôs à própria nacionalização do CTT, nos últimos anos”, finalizou.

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