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Uma das sapatarias que permaneceu aberta, apesar da falta de clientes
Elsa Moura

Regional 29.04.2025 11H29

Lojas encerradas e outras às escuras. O dia 28 de abril no centro de Braga  

Escrito por Elsa Moura
Muitas pessoas na rua, lojistas à porta, estabelecimentos encerrados, outros às escuras, equipamentos a apitar. O dia 28 de abril de 2025 no centro histórico de Braga.  
A RUM esteve no centro da cidade de Braga na tarde desta segunda-feira e ouviu a preocupação dos lojistas  

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O 28 de abril de 2025 ficará gravado na memória de muitos portugueses e espanhóis. Por cá, o país esteve sem energia durante cerca de dez horas. Ao início da manhã diferentes comerciantes do centro de Braga ainda conseguiram faturar, mas a partir das 11h30 foram sobretudo os cafés a acolher clientes, ainda que com vendas limitadas a determinados produtos. Um dia, certamente, com pouca cafeína. A tarde ficou voltada para águas e refrigerantes e ao que ainda existia nas montras. As padarias rapidamente ficaram sem pão. Terão sido dos poucos a faturar, ao contrário dos lojistas do centro histórico.


Pelas ruas de Braga, instituições bancárias às escuras, pontos multibanco desligados, lojas de porta fechada ou de porta aberta mas sem luz no interior. Na rua, os funcionários e lojistas a conversar sobre o mesmo tema. Alguns ainda aguardavam por novas ordens dos proprietários para decidir o encerramento antes da habitual hora de fecho.


Registadoras desligadas, multibanco fora de serviço, algumas [muito poucas] vendas a dinheiro com os registos de pagamento escritos numa folha A4. Recuperaram-se as canetas e os blocos de notas. Entre os estabelecimentos sem vendas desde as 11h30 estavam as casas de apostas. Com todo o sistema digital não foi possível leitura de prémios ou registo de jogos, apenas venda de raspadinhas e tabaco com dinheiro vivo que ontem parecia valer mais que nunca.


À RUM, diversos vendedores assumiam tratar-se de um dia de prejuízos ainda que insistissem estar de porta aberta, na expetativa do regresso à normalidade.


Nos postos de abastecimento, uma corrida anormal. O Município de Braga ordenou, através do acionamento do plano de emergência da proteção civil, o encerramento de alguns deles para assegurar o recurso a combustível para hospitais e lares de idosos, assim como a todos os serviços com pessoas vulneráveis.


O vereador da Proteção Civil, Altino Bessa, explicava também na tarde de ontem, aos microfones da RUM, que a escassa informação exigiu à Proteção Civil trabalhar no "pior cenário": sem energia durante 72 horas.


Tal como muitos outros, a RUM também foi afetada ficando impossibilitada de funcionar dentro da normalidade e de noticiar junto dos seus ouvintes o que ia acontecendo.

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