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FOTO: A 26 de Abril de 1974, familiares dos presos e populares concentram-se junto à Prisão de Caxias exigindo a libertação dos presos políticos /  Carlos Alberto
Maria Carvalho

Cultura 19.07.2024 15H31

Livro 'Cadeia de Caxias' apresenta mais de 10 mil nomes de prisioneiros da ditadura

Escrito por Maria Carvalho
A apresentação da obra está agendada para esta sexta-feira, às 18h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga.
Declarações de António Santos, à RUM.

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O livro 'Cadeia de Caxias' vai ser apresentado esta sexta-feira, pelas 18h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga. Editado pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), dá a conhecer os presos políticos no tempo da ditadura, na Cadeia de Caxias, em Oeiras, Lisboa.


"É um livro que tem testemunhos de pessoas que estiveram na cadeia de Caxias, com a lista completa, por ordem alfabética, de todos os prisioneiros que estiveram na cadeia desde que ela foi construída", começa por explicar António Santos, co-apresentador do livro, em declarações à RUM. A lista contém mais de dez mil nomes.


"Na URAP temos, a nível nacional, alguns companheiros que estão, todos os dias, na Biblioteca Nacional, para onde foram transferidos todos os documentos que existiam na PIDE em Lisboa, na PIDE em Porto, na das Colónias e das próprias cadeias", conta.


António Santos assinala ainda que não se trata do primeiro livro sobre os prisioneiros da PIDE.  "Temos editado outros livros sobre as mulheres que estiveram presas, sobre as prisões de Angra do Heroísmo e do Tarrafal. Prisões onde estiveram prisioneiros do regime fascista", acrescenta.


É esperado que próximo livro saia em setembro,  desta feira a propósito do 3º Congresso de Aveiro, decorrido em 1973. António Santos ressalva que este congresso foi "crucial" para a Revolução dos Cravos, uma vez que "os militares de abril foram, de certo modo, formados na educação política nesse congresso".

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