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Liliana Oliveira

Regional 30.04.2022 08H33

Living Lab que vai nascer em Braga promete "transformar a construção em Portugal"

Escrito por Liliana Oliveira
Projeto surge de um acordo de parceria entre a Fundação Norman Foster e o dstgroup, implica um investimento de 215 milhões de euros e a criação de 800 empregos.

Vai nascer em Braga um 'Living Lab', que promete "transformar a construção em Portugal". Este espaço irá desenvolver e promover soluções no campo da construção modular e pré fabricação, de modo a responder de forma eficiente às necessidades crescentes do mercado mundial.

O projeto surge de um acordo de parceria entre a Fundação Norman Foster e o dstgroup.

"O propósito deste consórcio passa por promover um pensamento e investigação interdisciplinares, focado na melhoria contínua das soluções e na capacidade de antecipar o futuro, colocando a arquitetura, o design, a tecnologia e as artes ao serviço da sociedade", lê-se num comunicado enviado às redações. 


José Teixeira adiantou ainda que estão envolvidas 48 entidades, num investimento que rondam os 215 milhões de euros e que permitirá a criação de 800 empregos. O projeto será submetido ao Plano de Recuperação e Resiliência. Para o presidente do dstgroup em causa está “uma espécie de Autoeuropa para a construção de habitação modular”.

O Living Lab terá cerca de 4.000 m2 e aproximadamente 100 unidades modulares habitáveis que responderão a diferentes programas funcionais, desde residências para estudantes; habitações; hotelaria; residências hospitalares ou residências seniores.


Em causa está também "acriação de um novo cluster - pré-fabricação/construção modular, que se destaque como uma resposta do país". "O objetivo é posicionar Portugal como um fornecedor mundial de referência deste novo conceito de construção”, avança José Teixeira, presidente do dstgroup.

Nesta estratégia, a equipa da Fundação Norman Foster, liderada pelo próprio Lord Norman Foster, assumirá a posição de consultor de investigação e líder de design, trabalhando com outras entidades, numa equipa multidisciplinar, que desenvolverá o design conceptual dos sistemas de construção e de soluções modulares e de pré-fabricação.


"Para o dstgroup, trata-se de um exercício de extrema relevância do ponto de vista da sustentabilidade, visto que privilegiará um design baseado nos princípios do Eco-design com recurso a materiais ecológicos (reciclados e recicláveis) e soluções construtivas que visem o ciclo de vida do edifício e da sua construção, incluindo estratégias relativas às fases de desmantelamento em fim de vida. Promoverá também soluções técnicas e tecnológicas como resposta às boas práticas de economia circular e redução da pegada ecológica, libertando as cidades do seu estado de "estaleiro" pela redução dos trabalhos in-situ e condensação dos prazos da construção, já que se sustenta na transferência de uma percentagem do tempo de construção para o ambiente controlado de fábrica, com benefícios inerentes na minimização dos desperdícios e no aumento do controlo e qualidade do produto", lê-se no comunicado.

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