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Elsa Moura

Regional 28.09.2018 12H39

Junta de S.Victor chama bracarenses para Ass. Municipal

Escrito por Elsa Moura
Depois de dois debates e de posições vincadas contra a alienação, junta de freguesia de S. Victor apela à presença dos bracarenses na AM.
Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor em declarações à RUM

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O executivo da Junta de Freguesia de S. Victor vai formular novas sugestões à Câmara de Braga a propósito da antiga Fábrica Confiança e apela aos bracarenses para que participem em massa na Assembleia Municipal de Braga da noite de 4 de Outubro onde está prevista a votação da venda da antiga Fábrica Confiança.


Depois da promoção de um segundo debate em torno da alienação que o município quer fazer, e em que se discutiu, com especialistas, o caderno de encargos, Ricardo Silva admite estar agora "mais elucidado" para deixar sugestões ao município, ainda que insista que o objectivo primordial passe por demover o executivo municipal da alienação daquele imóvel a privados. 


Na noite desta quinta-feira, em declarações à RUM, o autarca disse estar ainda mais convicto que esta alienação vai deitar por terra as pretensões que até aqui existiam para aquele imóvel: requalificá-lo e oferecê-lo à cidade e aos seus visitantes para fins culturais. "Depois das dúvidas que de alguma forma tínhamos, e sobretudo as preocupações da insuficiência de informação, de alguma forma conseguimos reunir um conjunto de opiniões que nos ajuda a ter preocupação em formular novas sugestões à CMB", começou por referir Ricardo Silva. Apesar de acreditar que a venda da Confiança não vai para a frente, a junta de freguesia vai preparar um documento que visa "blindar a memória da Confiança", algo que, segundo os especialistas convidados, não acontece com o caderno de encargos actual elaborado pelo município de Braga.


Na noite desta sexta-feira há assembleia da junta de freguesia de S. Victor e o assunto vai voltar à discussão, até porque se aproxima um momento crucial: na noite de 4 de Outubro o ponto da alienação deverá ser submetido a votação e "os bracarenses devem estar unidos para travar esse objectivo", avisa. "Continuamos a acreditar na cidadania participativa e que o poder é dos cidadãos, e a melhor forma de fazer esta manifestação de vontades de que a Confiança deve continuar na esfera pública é mobilizar os cidadãos a fazer essa expressão junto dos órgãos governativos", sublinha Ricardo Silva.


Questionado sobre a posição conjunta tomada pelos partidos à esquerda (Partido Socialista, Bloco de Esquerda e CDU) que anunciaram na quinta-feira várias acções de sensilização para os próximos dias e um sarau cultural à porta da Confiança na noite da próxima terça-feira, Ricardo Silva saudou a união destes partidos em torno de uma boa causa, lamentando, ainda assim, que "seja só agora", considerando que quem tem assento no executivo municipal e na assembleia municipal "não devia estar à espera destes debates promovidos pela sociedade ou pela junta de freguesia em particular para reagir". Ainda o presidente de S. Victor considera que a iniciativa "vem tarde, mas a tempo".


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