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Liliana Oliveira

Cultura 07.11.2023 12H49

João Melo vence Prémio de Literatura dstangola/Camões com a obra “Diário do Medo”

Escrito por Liliana Oliveira
 O prémio, promovido pelo dstgroup, em parceria com o Instituto Camões, tem um valor pecuniário no valor de 15 mil euros.

João Melo é o grande vencedor do 5.º Prémio de Literatura dstangola/Camões, com a obra “Diário do Medo”, publicada em 2021. O prémio, promovido pelo dstgroup, em parceria com o Instituto Camões, tem um valor pecuniário no valor de 15 mil euros.


O livro, publicado pela editora Urutau, tem um total de 72 poemas, na sua quase totalidade escritos no primeiro ano da pandemia da Covid- 19, entre Março e Dezembro de 2020.


O júri, constituído por José Mena Abrantes (Presidente), David Capelenguela e Amélia Dalomba, analisou, escolheu, por unanimidade a obra, e fundamentou a escolha, com base em três pressupostos: “partir do princípio de que toda e qualquer criação artística assenta num tripé fundamental estético, técnico e ético; reconhecer como válida e atual a afirmação do poeta alemão R.M. Rilke de que os versos não são apenas sentimentos e recordações, mas acima de tudo experiências de vida e, ainda, concordar com o poeta moçambicano Mia Couto de que “o poeta não gosta de palavras / escreve para se ver livre delas. / A palavra / torna o poeta / pequeno e sem invenção””.


Os jurados falam ainda do “processo criativo apurado, em que se evidencia de modo evidente como a realidade pode funcionar como matéria de criação literária, respeitando valores estéticos, técnicos e éticos”.

“Além disso, a obra denota profunda experiência de vida, utiliza com rigor e simplicidade a justa palavra/metáfora e o ritmo adequado ao conteúdo de cada poema e tem uma visão abrangente do eu e da sua circunstância, com atenção crítica a fenómenos contemporâneos”, acrescentam.


O Prémio de Literatura dstangola/Camões, que distingue livros editados em poesia e prosa, de artistas nascidos em Angola, já galardoou Zetho Cunha Gonçalves, em 2019, Pepetela, em 2020, Benjamim M’Bakassy, em 2021 e Boaventura Cardoso no ano passado. 

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