Um projeto artístico que se transforma num momento de descoberta. Assim que Lo Castro descreve LABIA, que é apresentado este sábado no gnration, pelas 16h00.

A iniciativa propõe um encontro entre artistas multidisciplinares que navegam entre mundos sem se encerrar em formas enraizadas de operar, numa coexistência e ressignificação das suas (res)(ex)istências. Aos microfones da RUM, Jo Castro, sublinha que este é um “projeto de investigação, em contínua pesquisa” e que o público é convidado a estar “dentro da ação”. No final da sessã, há uma conversa entre os artistas e os presentes, além de membros do coletivo Braga Fora do Armário.

O projeto surge em 2022 para, nas palavras de Jo Castro, “reivindicar um espaço e condições de criação e de investigação”. LABIA é um projeto autobiográfico que parte da identidade queer como ação de desestabilização e propõe um encontro entre artistas multidisciplinares, com a participação de Luis L’Abbate, Nara António, Rod e Francisca Manuel.

As experiências durante as apresentações que têm sido “muito diversas”, aponta Lo Castro com algumas pessoas do público “a iluminar, inclusive, as cenas” em momentos de descobertas. “No Festival DDD, em abril deste ano, no Porto, o público era convidado a circular também, mas nós pedimos, por exemplo, criar também ações específicas para elementos do público”, refere.

Ao longo da semana, Jo Castro esteve em residência no gnration ao abrigo do programa Guelra – Laboratório de Transcriação Coreográfica. Este laboratório transdisciplinar, desenvolvido pela Arte Total desde 2012.