Regional 21.03.2025 10H28
Indefinição na cedência de terrenos da UMinho para BRT
Com as mudanças no Conselho Geral da Universidade do Minho, o dossier apresentado na última reunião do Conselho Geral da UMinho regressará para votação dos novos conselheiros. Pedro Arezes admite que necessitam de mais informação e assume reservas quanto ao local.
"Há um sentido grande de emergência. (...) Um assunto que certamente o próximo Conselho Geral vai ter que assumir como prioritário". O aviso foi deixado há precisamente uma semana, pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, naquela que foi a última reunião do Conselho Geral (CG) antes das eleições. Entretanto, o ato eleitoral desta semana ditou uma "maioria absoluta" da lista B candidata ao corpo de representantes de docentes e investigadores a quem caberá, num futuro próximo, a decisão final de cedência de terrenos que o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, pretende que avance. Mas a proposta da reitoria, na ótica da lista de Pedro Arezes, carece de mais elementos até ao momento em que for votada.
Em causa a linha vermelha do BRT, que faz a ligação Estação - Hospital de Braga. O Município de Braga solicitou à UMinho que a linha atravessasse o interior do campus de Gualtar, mas a instituição declinou a primeira opção, sugerindo uma alternativa que implicará a passagem por uma zona verde da Universidade do Minho, atualmente sem utilização.
Questionado pela RUM sobre esta novidade, que obrigará a uma decisão rápida dos novos conselheiros face ao apelo e indicações lançadas pelo reitor, Pedro Arezes sublinhou que não conhece "com detalhe" a proposta, assumiu que há ainda pouca informação sobre o dossier e que o que sabe se resume ao que disse Rui Vieira de Castro no final da reunião da passada sexta-feira, e o que foi noticiado pela RUM com base em declarações prestadas à Universitária pela vereadora com o pelouro da mobilidade no município de Braga. "Não sabemos com detalhe, sabemos que há uma proposta alternativa ao cruzamento do campus, que evita a divisão do campus em duas partes e que pudesse ser crítica, mas alternativamente também pressupõe o atravessamento de uma zona verde que eu acho que devia ser uma zona protegida do campus e uma zona explorada nesse sentido com potencial de zona verde do campus que pode estar comprometida", respondeu.
A "preocupação é partilhada" com mais membros eleitos representantes de docentes e investigadores que manifestam dúvidas também sobre as paragens do BRT. "Não conhecemos e, portanto, fica na dúvida se as paragens serão oportunas para quem utiliza o campus", acrescentou.
Numa comunicação aos conselheiros na reunião da semana passada, Rui Vieira de Castro foi perentório. "A decisão é aquela que de nós receberá uma luz verde, sendo certo que estas decisões envolvem o conselho geral da universidade porque vai ter que haver cedências de terreno da universidade", disse.
Recorde-se que o Município de Braga pretende lançar o concurso público para a construção das linhas vermelha e amarela do BRT. O apoio de 100ME do PRR exige celeridade no processo com a data limite para a sua execução a ser apontada para junho de 2026.