Internacional 05.06.2025 07H36
Humanidade esgota a 24 de julho recursos do planeta disponíveis para este ano
Na página da organização “Global Footprint Network” fazem-se os cálculos também país a país, segundo os quais Portugal esgotou os recursos que tinha disponíveis logo a 5 de maio passado.
A humanidade esgota os recursos disponíveis para este ano no próximo dia 24 de julho, uma semana antes da data do ano passado, indicam os cálculos da organização internacional “Global Footprint Network”.
No ano passado o Dia da Sobrecarga do Planeta foi a 1 de agosto. Este ano os recursos esgotaram-se uma semana mais cedo, nos cálculos da organização internacional de sustentabilidade, pioneira da pegada ecológica, que os divulgou hoje, Dia Mundial do Ambiente.
Tal significa que dia 24 de julho é a data em que a humanidade terá esgotado todo o orçamento anual de recursos e serviços ecológicos da natureza, nas contas da organização, que tiveram em conta uma revisão de dados.
A “Global Footprint Network” destaca num comunicado divulgado hoje que a humanidade está a utilizar a natureza 80% mais rapidamente do que os ecossistemas da Terra se podem regenerar, o que significa que esta ultrapassagem é equivalente à utilização de 1,8 Terras.
Para a organização, as consequências são visíveis na desflorestação, erosão dos solos, perda de biodiversidade e acumulação de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, o que contribui para o aumento da frequência de fenómenos meteorológicos extremos e para o declínio da produção alimentar.
É por tudo isto que a “Global Footprint Network” diz que, neste século, a segunda maior ameaça para a humanidade é a ultrapassagem ecológica, a utilização excessiva e implacável dos recursos do planeta. A maior ameaça é “não reagir”.
Todos os anos a “Global Footprint Network” anuncia no Dia Mundial do Ambiente a data do “Earth Overshoot Day” que assinala o momento em que o consumo de recursos ultrapassa a capacidade de regeneração da natureza e os humanos passam a consumir a crédito.
Na página da organização fazem-se os cálculos também país a país, segundo os quais Portugal esgotou os recursos que tinha disponíveis logo a 5 de maio passado.
Lusa