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FOTO: Mafalda Oliveira/RUM
Mafalda Oliveira

Autárquicas 2017 02.10.2017 02H09

Guimarães: PS reforça maioria absoluta, CDU sai da vereação

Escrito por Mafalda Oliveira
Com maioria absoluta e agora com apenas um partido na oposição, o PS vai continuar a comandar os destinos de Guimarães, à semelhança dos últimos 28 anos.

Domingos Bragança foi este Domingo reeleito presidente da Câmara Municipal de Guimarães. Depois de 4 anos à frente dos destinos da autarquia, o candidato Partido Socialista viu reafirmada a sua posição com 51,5% dos votos. O PS elege assim 6 vereadores, sendo que a Coligação Juntos Por Guimarães ficou com uma percentagem de 37,9% dos votos, elegendo os restantes 5 vereadores. Desta forma, a CDU deixou de ter representação na Câmara de Guimarães, tendo obtido 5,2% das escolhas.



"Quero reforçar a dimensão social" - Domingos Bragança

Depois de conhecidos os resultados, Domingos Bragança sublinhou aos jornalistas que quer dar continuidade ao trabalho realizado, com destaque para a acção social. "É uma história feita de futuro, tendo em conta a dimensão cultural, desportiva e agora ambiental de Guimarães. Quero reforçar a dimensão social, com a incubadora social. Na campanha percebi a necessidade de estar ainda mais perto das pessoas que precisam", sublinhou.


O PS reforçou a sua posição nas Juntas de Freguesia, tendo vencido em 36 das 48 freguesias, como Sande São Martinho, Silvares e Caldelas, que eram lideradas pela Coligação Juntos por Guimarães. Alcançou ainda Gondar, a única junta governada pela CDU, que foi a terceira força mais votada daquela freguesia. Domingos Bragança fala no reconhecimento do investimento nas freguesias, já que, garante, nos últimos quatro anos houve “o dobro do investimento” nas freguesias, e este é também o reconhecimento de que “como presidente” atende “a todas freguesias do mesmo modo que atendeu o centro cidade”.


"Não atingimos os nossos objectivos" - André Coelho Lima

A segunda força política em Guimarães será a coligação Juntos por Guimarães que, com mais 5 mil votos do que há quatro anos, terá mais um vereador na Câmara, num total de 5. André Coelho Lima discursou na sede do partido, numa sessão sem direito a perguntas dos jornalistas, ao contrário dos restantes candidatos. O vereador sublinhou o reforço da sua força política em cerca de 5 mil votos. Ainda assim admitiu: “não atingimos os nossos objectivos”. “Fomos a única força positiva a crescer na representatividade na Câmara Municipal. Respeitamos escrupulosamente a função o que nos atribuíram: ser a única força política de oposição”, disse.


Nota para a eleição da coligação Juntos por Guimarães em Creixomil, a maior freguesia de Guimarães na qual, nos últimos quatro anos, o PS tinha o poder.


"Guimarães ficou mais pobre do ponto de vista da participação democrática" - José Torcato Ribeiro

José Torcato Ribeiro já não vai fazer parte dos destinos da Câmara de Guimarães nos próximos quatro anos. Este Domingo, o vereador da CDU obteve quase 5 mil votos para a Câmara Municipal, menos cerca de 2 mil em relação às últimas eleições. A votação de cerca de 5% não foi suficiente para a eleição de um vereador, deixando a oposição representada somente pela coligação Juntos por Guimarães.


À RUM, José Torcato Ribeiro disse respeitar o resultado eleitoral, mas sublinhou que Guimarães "perdeu uma voz diferente no seu futuro”. Cabe ao povo decidir sobre a sua atitude em relação a força que foi apresentado diferenças. Guimarães ficou mais pobre do ponto de vista da participação democrática", lamentou. O ex-vereador da Câmara Municipal de Guimarães lamentou o resultado, tendo em conta o trabalho que desenvolveu. "Não me parece o resultado mais justo, mas o povo é soberano e foi sensível à dramatização criada tendo em conta a possibilidade de a direita poder dominar os destinos de Guimarães", lembrou.


"Vamos continuar críticos, ainda que fora da vereação" - Wladimir Brito

À semelhança de há 4 anos, Bloco de Esquerda obteve cerca de 2% da votação. “Vamos continuar muito atentos e com postura crítica em relação à vereação”, disse Wladimir Brito.


A abstenção em Guimarães rondou os 33%, tendo há quatro anos atingido os 40%. 

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